O tão aguardado anúncio do iPhone 5 não chegou a surpreender o mercado. Os rumores a respeito do novo modelo da Apple foram confirmados na apresentação dessa quarta, 12. “Houve muito vazamento de informação e por isso não houve muitas surpresas, o que não tira o mérito das novidades do iPhone 5”, disse Fernando Belfort, consultor da Frost & Sullivan Brasil.  Para o analista, contudo, essa previsibilidade das características principais do novo iPhone (mais fino, mais leve, mais rápido e com um visor maior) não deve afetar o aumento das vendas da Apple: “Comparativamente, o iPhone 5 deve vender mais que o iPhone 4S (que teve 4 milhões de unidades vendidas nos três primeiros dias após o lançamento) no ano passado”, especula.

Para o professor da Fiap, Luiz Matheus Matos, o iPhone 5 teve o mérito de incorporar as novidades da concorrência e de responder às demandas do seu consumidor: “A Apple correu atrás do que o mercado queria. Trouxe um aparelho bonito, mais leve que o da Samsung (Galaxy S3), mais rápido que a versão anterior e com uma tela maior. A empresa escutou o seu cliente”.

Na opinião de Belfort, embora a Samsung represente uma concorrência agressiva e tenha conseguido acompanhar a tecnologia da empresa norte-americana, chegando a superá-la em alguns quesitos, a Apple levará vantagem no que diz respeito à margem de lucro: “A receita da Apple ainda é muito superior àquela dos concorrentes e essa vantagem deve ser mantida pelo menos nos próximos dois anos”, afirma. Belfort explica que a Apple é mais preocupada com a manutenção dos altos lucros na venda de seus equipamentos do que com a maior fatia de market share.

Apesar de ser uma das maiores economias do mundo, o Brasil ainda não aparece na lista de países que poderão comprar o novo modelo da Apple a partir de 28 de setembro. Esse delay entre as vendas no exterior e no Brasil ocorre possivelmente em razão de o país não apresentar uma demanda muito grande por smartphones. Assim, o mercado brasileiro precisará aguardar para conhecer de perto o iPhone 5. Belfort  arrisca que novo modelo deverá chegar no país até o ínicio do ano que vem. 
 

 

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