A Food and Drug Administration (FDA) dos Estados Unidos aprovou nesta quinta-feira, 12, a utilização da função de audiofone (aparelho de saúde auditiva) a partir dos fones Bluetooth AirPods Pro 2 da Apple. De acordo com o órgão norte-americano similar à brasileira Anvisa, a ideia da fabricante é amplificar os sons para maiores de idade com perda auditiva parcial ou moderada.
Isso de forma autoadaptável e sem a necessidade de ajuda profissional em seu uso.
Apresentada com o lançamento do portfólio de iPhones 16 e wearables, a funcionalidade foi batizada como Hearing Aid Feature (HAF) e estava aguardando a aprovação junto à agência reguladora para ser lançada.
Seu uso é irrestrito, ou seja, a função do vestível pode ser usada por qualquer pessoa sem a necessidade de receita médica (over-the-counter ou OTC, no jargão médico).
AirPods
Durante o evento da empresa na última segunda-feira, 9, Sumbul Desai, VP de saúde na Apple, disse que a solução pode ajudar a 1 bilhão de pessoas com esse problema (dados da OMS). “Isso vai permitir à pessoa ouvir melhor a seu redor, além de se manter segura e conectada com os entes próximos, uma vez que será fácil de ouvir e participar de conversas”, completou a executiva.
A solução de audiofone funciona depois de o usuário fazer o teste de escuta com o fone de ouvido pareado com um dispositivo com iOS 18. Após a prova, o AirPod Pro é personalizado para aperfeiçoar a audição do seu usuário com melhoras do som ambiente em tempo real, como em conversas, ao ouvir músicas ou participando de ligações telefônicas.
A expectativa é que a solução seja lançada no terceiro trimestre de 2024 nos EUA e em outros 99 países, após aprovação de seus respectivos reguladores.
Testes
Segundo a FDA, o HAF passou por estudo clínico com 118 pessoas em condições de surdez parcial ou moderada nos Estados Unidos. Os resultados mostraram que a funcionalidade autoadaptável obteve desempenho similar aos que receberam adaptação com ajuda profissional. Além disso, a análise mostrou “desempenho comparável” em testes que medem os níveis de amplificação no canal auditivo e compreensão de fala com ruído.
Não foram encontrados problemas (efeitos adversos) no estudo.
Imagem principal: Fones de ouvido da Apple (divulgação)