O grupo gestor do Programa de Enfrentamento à Desinformação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) recebeu na última segunda-feira, 11, representantes de políticas públicas e advogados do Facebook, Google, Twitter e WhatsApp. Eles se reuniram para ajustar estratégias de combate às fake news nas eleições municipais de 2020.
Durante os encontros, empresas e TSE aproveitaram para aperfeiçoar os canais de comunicação entre elas e a Justiça Eleitoral, identificar pontos em comum e definir ações concretas dentro da política de moderação e direcionamento de conteúdos de cada plataforma.
Em outubro, as quatro plataformas de mídias sociais assinaram o termo de adesão ao Programa de Enfrentamento à Desinformação e se comprometeram a atuar para desestimular ações de proliferação de informações falsas e aprimorar as ferramentas de verificação de eventuais práticas de disseminação de desinformação.
A gerente de políticas públicas do Facebook, Rebeca Garcia, explicou que, em 2019, a mídia social removeu mais de 2 bilhões de contas falsas. Contou também que possui um time voltado para as eleições em todo o mundo.
O outro representante da plataforma de Mark Zuckerberg, o advogado Rodrigo Ruf, disse ao grupo que o Facebook já realizou junto aos TREs 17 eventos, em 14 capitais, para mais de 1,5 mil pessoas, com a participação de desembargadores, juízes e advogados. O propósito desses encontros era entender quais as demandas e preocupações da comunidade jurídica, além de colher o feedback sobre a mídia social.
Em sua reunião, a empresa explicou que vem desenvolvendo algoritmos de busca para priorizar resultados que levem para informações publicadas em páginas oficiais da Justiça Eleitoral ou para veículos de informação confiáveis.
A plataforma também estuda a possibilidade de criar uma área específica do campo de resultados e privilegiar as informações com temas eleitorais.
O microblog informou que estabeleceu parceria com agências de fact-checking para apurar o grau de verdade das informações publicadas na plataforma. O Twitter também colocou-se à disposição da corte eleitoral e se comprometeu a dar um treinamento às assessorias de comunicação da Justiça Eleitoral.
Na reunião, os representantes do aplicativo de mensageria explicaram que a plataforma reduziu de 20 para cinco conversas o número que uma pessoa pode encaminhar um conteúdo. Lembrou ainda que, recentemente, disponibilizou recurso que impede que as pessoas sejam incluídas em grupos sem permissão prévia.