Em menos de uma semana desde o atentado na redação da revista satírica Charlie Hebdo na França, já surgiram pelo menos 15 apps inspirados na tragédia, somando Google Play e App Store, incluindo alguns nitidamente oportunistas.

A maioria deles está na loja do Google e leva o nome do movimento de solidariedade para com os cartunistas assassinados: "Je suis Charlie". São aplicativos simples, trazendo imagens de papel de parede com a frase que rodou o mundo. Mas um deles custa R$ 37,38 e diz que vai repassar "parte da receita" para parentes dos familiares mortos. É assinado por um desenvolvedor desconhecido, que não tem nenhum outro app publicado e sobre o qual nada se encontra na Internet. Tem cara de golpe e provavelmente é. Há também um desenvolvedor que publicou dois apps sobre posições contrárias: "Je suis Charlie" e "Je ne suis pas Charlie" – o segundo tinha zero downloads até o momento de redação desta matéria.

Além disso, há vários apps que nada têm a ver com a tragédia, mas que aparecem na busca pela frase "Je suis Charlie" na Google Play. Seus autores provavelmente incluíram o termo entre palavras-chave na descrição ou, em alguns casos, como parte do título.

Somos todos Charlie

Mas há também apps bem intencionados e verdadeiramente solidários à Charlie Hebdo. Um deles, assinado pelo desenvolvedor francês Groupe Nice-Matin (Android, iOS), permite que cada usuário deixe sua marca em um mapa mundi com sua localização como um "Charlie". Este app em particular virou notícia nesta terça-feira por ter conseguido ser aprovado na App Store em tempo recorde depois de seus criadores enviarem um email para a Apple.

 

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