O YouTube (Android, iOS) suspendeu o canal de vídeos do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, por pelo menos sete dias. A empresa do Google informou nesta terça-feira, 13, que pode aumentar o tempo de bloqueio ao canal do presidente e comunicou formalmente à Casa Branca. O canal continua acessível, mas está impedido de adicionar novos vídeos ou realizar transmissões ao vivo.

“Também desativamos indefinidamente os comentários em vídeos do canal, como já fizemos no passado para outros casos que envolvem questões de segurança”, informou a empresa em comunicado à imprensa.

O YouTube também repassou o comunicado pelo Twittter:

Até então, o canal de Trump na rede social de vídeos do Google contava com 2,79 milhões de assinantes.

Conforme o sistema de avisos do YouTube, um canal pode ser suspenso por uma semana após o primeiro aviso, duas após o segundo e encerrado após um terceiro aviso em 90 dias. A suspensão temporária significa que a conta do então presidente dos Estados Unidos e os vídeos existentes permanecerão acessíveis, mas ele não poderá enviar novo conteúdo.

Um porta-voz da empresa informou à CNBC que também removeu vídeos da conta do YouTube da Casa Branca.

Relembre

O YouTube foi a última rede social a suspender a conta de Donald Trump. Ela ocorre depois que o presidente dos Estados Unidos publicou um vídeo em seu canal, mas também em outras mídias sociais – como Facebook e Twitter – incitando a violência durante a invasão de seus apoiadores no edifício do Congresso dos EUA, o Capitólio, no dia 6 de janeiro, e que deixou cinco mortos. Políticos e personalidades como a ex-primeira dama Michelle Obama pediram para que as empresas mídia social e tecnologia que moderassem mais de perto suas plataformas, para que discursos que incitem a violência não sejam propagados.

Facebook, Instagram e Twitter suspenderam a conta de Trump em suas respectivas plataformas. No Facebook e no Instagram, a suspensão ocorre até que o novo presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, assuma. Já no Twitter, no dia da invasão no Capitólio, a empresa bloqueou sua conta por 12 horas e, dois dias depois, anunciou cancelamento de forma permanente. No entanto, Trump encontrou uma solução alternativa e começou a tweetar da conta @POTUS de propriedade do governo na sexta-feira, antes que essa conta também fosse suspensa.

Paralelamente, o aplicativo Parler, muito usado por conservadores e apoiadores de Trump por defender a “liberdade de expressão”, foi removido das lojas de aplicativos App Store, Google Play, mas também do servidor AWS, da Amazon.

 

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