Depois de dois anos em declínio, o mercado global de smartphones registra crescimento de 4% em 2024 ano a ano – após o pior resultado em uma década, em 2023, segundo dados preliminares do Market Pulse, da Counterpoint Research.
Samsung e Apple foram as marcas com mais estabilidade no ano. A sul-coreana manteve-se na primeira posição impulsionada por forte demanda da linha S e dos dispositivos série A, encerrando o ano com 19% de market share e modesto incremento de 1% nas vendas de smartphones.
Na segunda posição, a Apple continuou crescendo em mercados como América Latina, África, Ásia-Pacífico, entre outros. Seu market share ficou em 18%, mas registrou declínio de 2% na qualidade de remessas.
Por outro lado, a Xiaomi foi a OEM que mais cresceu (+12%) e encerrou 2024 em terceiro lugar no ranking de participação de mercado entre as fabricantes. De acordo com a Counterpoint, houve realinhamento de portfólio, foco no segmento premium e atividades de expansão agressivas.
E, por fim, apesar de ter perdido em volume (-8% nas remessas globais), a OPPO ficou em quarto lugar, com 8% de market share, à frente da vivo que ganhou tração em alguns mercados, e registrou aumento de 9% nos envios.
Gráfico de market share das OEMs. Fonte: Counterpoint Research/divulgação
Mercado de smartphones: concorrência agressiva
As cinco maiores marcas mantiveram suas posições em relação a 2023, mas perderam parte de sua participação para a concorrência agressiva de Huawei, HONOR e Motorola, as OEMs de crescimento mais rápido entre as dez principais marcas. Elas estão registradas em “Outros”, cujo aumento de vendas foi de 8% e, juntas, ficaram com 33% da fatia de mercado.
Outro ponto de 2024, foi a entrada da inteligência artificial generativa nos smartphones. Apesar de ainda limitada nos dispositivos premium, a expectativa é que a IA generativa seja padrão para telefones celulares de médio porte. E, até 2028, nove em cada dez smartphones com preços acima de US$ 250 devem ser compatíveis com a tecnologia, estima Counterpoint.
Em 2024, os smartphones ultrapremium, ou seja, acima de US$ 1 mil, foram os que mais cresceram e a expectativa para 2025 é que as receitas continuarão a crescer com menos volume – que o foco estará em dispositivos mais sofisticados.
