A Edumobi, braço móvel do grupo Abril Educação, completa em março dois anos e tem diante de si um novo desafio: internacionalizar sua operação. A ideia é vender no exterior a sua plataforma para a oferta de cursos via celular, que usa de forma integrada quatro diferentes canais móveis (portal de voz, SMS, app e site móvel). A empresa está negociando com teles da Europa, Oriente Médio e África e espera fechar seu primeiro contrato internacional este ano.
"Educação virou um must have para as operadoras, tanto quanto ringback tone. E falta no mercado uma solução de prateleira como a nossa", explica Alex Pinheiro, CEO da Edumobi. Ao contrário da operação brasileira, na qual a Edumobi se encarrega de produzir o conteúdo dos cursos, através de parcerias com terceiros, no exterior isso ficará sob a responsabilidade da operadora contratante. A Edumobi fornecerá apenas a plataforma.
No Brasil, a empresa oferece o serviço para assinantes da Vivo. São disponibilizados 41 cursos dos mais variados, desde preparação para o Enem até curso sobre cervejas e fotografia. No banco de dados há mais de 3 mil desafios SMS e 2 mil audioaulas gravados. Nesses dois anos de existência, a Edumobi acumula 2,5 milhões de estudantes, que completaram 7 milhões de lições. Aqueles que conseguem completar um curso recebem em casa um certificado impresso.
No momento, a empresa tem 320 mil usuários ativos. O número já foi maior: no ano passado chegou a ser de 600 mil. Em vez de buscar parceria com outras teles brasileiras, a Edumobi prefere manter a exclusividade com a Vivo por aqui e crescer no exterior. Por sinal, a companhia está entre os finalistas do prêmio da GSMA, cujos vencedores serão conhecidos no próximo Mobile World Congress (MWC), em março, em Barcelona. A indicação entre os finalistas deve ajudar a abrir as portas do mercado internacional para a Edumobi, aposta Pinheiro.