Uma pesquisa divulgada nesta terça-feira, 13, pela provedora de segurança de conteúdo Websense mostrou que o uso de dispositivos móveis no ambiente corporativo pode trazer ameaças às empresas, aumentando os riscos de perdas de dados importantes. Segundo o “Estudo Global sobre os Riscos de Mobilidade”, desenvolvido em parceria com o Instituto Ponemon, a popularização do uso de dispositivos móveis corporativos e o fenômeno de "traga seu próprio dispositivo" (BYOD, na sigla em inglês) levaram 51% das empresas entrevistadas a sofrer, no último ano, com a perda de dados em razão de falta de segurança dos celulares, smartphones, tablets, laptops e dispositivos USB usados por seus funcionários.

Outro dado alarmante diz respeito a infecções por vírus e malwares: 59% dos participantes disseram que, no último ano, suas empresas passaram por um aumento do número de infecções por malware como resultado do uso de dispositivos móveis pouco seguros no local de trabalho. A pesquisa revela que, geralmente, as companhias não sabem como e quais dados estão saindo das suas redes através de dispositivos móveis pouco seguros. As soluções tradicionais de segurança, como antivírus, firewalls e senhas, não vêm se mostrando eficientes para frear a disseminação de malwares e as ameaças de roubo de dados, e apenas 39% dos entrevistados acreditam contar com os controles de segurança necessários para mitigar esses riscos.

A generalização do uso de devices móveis no ambiente empresarial vem levantando também temores quanto ao sigilo de produtos e informações: 65% dos participantes se disseram preocupados com os funcionários que tiram fotos ou fazem vídeos no local de trabalho – provavelmente em função de receios relacionados ao roubo ou à exposição de informações confidenciais.

Outros usos de dispositivos móveis tidos como inaceitáveis pelos pesquisados incluem downloads e uso de aplicativos da Internet no ambiente de trabalho (44%); uso de contas de e-mails pessoais (43%); e downloads de dados confidenciais em dispositivos USB ou Bluetooth (42%).

Mais de 4,6 mil profissionais (com uma média de dez anos de experiência)  das áreas de TI e segurança de TI da Austrália, Brasil, Canadá, França, Alemanha, Hong Kong, Índia, Itália, México, Singapura, Reino Unido e Estados Unidos participaram da pesquisa.

 

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