Ron Thomas, vice-presidente de revenue growth da Data.Ai, afirma que a companhia vê a América do Sul como uma região muito importante para o crescimento da empresa e “pretende investir significativamente” na região, a partir do Brasil. Em conversa exclusiva com Mobile Time, o executivo falou sobre os planos para o País, as tendências de mercado e a importância da inteligência artificial para o núcleo da empresa.
Atualmente, a firma de análise de mercado mobile tem cerca de 2 mil clientes, e , segundo Thomas, uma boa parte está no Brasil. Mas a ideia é ampliar a carteira e estreitar o relacionamento com os players locais do mercado móvel.
Inicialmente, os setores em que a empresa quer crescer neste primeiro momento são finanças, bancos, varejo, turismo e comércio eletrônico. Um dos motivos para a aposta, na visão do executivo, é que o mercado mobile no Brasil segue em crescimento, ante outros que estão desacelerando com desafios macroeconômicos globais.
M&A
Mesmo com preocupações sobre o ambiente macroeconômico e mesmo mudanças de tendências no mercado móvel, como startups com falta de apetite para atrair investidores e linhas de crédito, o VP da Data.Ai acredita que este é o momento de expansão da empresa. Ressalta ainda que a saúde financeira da companhia é boa, uma vez que atende vários setores. Dentro de sua estratégia de expansão, Thomas afirma que não descarta aquisições locais. Contudo, neste primeiro momento, a empresa prioriza “parcerias de longo prazo”.
IA em tudo
Thomas rechaçou a possibilidade de utilizar IA externa para o desenvolvimento da companhia, como o ChatGPT. Lembrou que uma das razões para a mudança de nome de App Annie para Data.Ai foi dar foco à inteligência artificial como parte do núcleo da empresa. Atualmente, 90% dos seus produtos têm a tecnologia proprietária embarcada. “Nos adiantamos um ano antes a uma tendência de mercado muito forte”, diz o VP.
O executivo lembrou ainda que um dos motivos para avançar com a inteligência artificial é o de poder trabalhar com a oferta limitada de inputs, uma vez que o mercado reduziu o rastreamento de dados de usuários com movimentos puxados por Google (Android e Chrome sem cookies) e Apple (iOS 14.5).
“A captura de dados vai cair cada vez mais. E isso é bom para o mercado, pois rastreia menos o consumidor. Neste cenário, a inteligência artificial será vital para este avanço. É aqui que temos a oportunidade de oferecer um verdadeiro painel móvel globalmente”, avalia “ Estamos focados e guiados em criar valores com captura de dados limitada”, conclui.
