A Allied, maior distribuidora de celulares em atividade no Brasil, decidiu incluir em seu portfólio os chamados wearable devices. Desde o ano passado, trabalha com os primeiros relógios conectados da Samsung, e agora acrescentou modelos da LG e da Sony também. Para os próximos meses, outros modelos de relógios devem ser adicionados ao seu catálogo, de outros fabricantes, assim como alguma pulseira inteligente voltada para fitness. Relógios da Alcatel One Touch, da Motorola e Huawei estão em análise. "Não queremos ter um portfólio super amplo de wearable devices, mas consistente e com produtos que não se canibalizem, senão confunde o cliente", ressalta Carolina Gimenez, gerente de produtos da Allied. A empresa também comercializa câmeras da GoPro, produto que classifica na linha dos wearables, por serem comumente acopladas às roupas e capacetes de atletas.

A empresa não tem uma previsão de volume de vendas de wearables para este ano no Brasil. Carolina reconhece que a crise econômica e a alta do dólar atrapalham os planos e dificultam fazer qualquer projeção. Porém, acredita no potencial a longo prazo dessa nova categoria de produtos e vê com bons olhos a chegada do Apple Watch ao mercado, pois pode puxar as vendas dos concorrentes. "A geração de 20 anos não tem o costume de vestir relógio porque usam o smartphone para ver as horas. Ironicamente o smartphone está fazendo o relógio voltar à moda", comenta.

A executiva lembra que os wearables, ao contrário de PCs, tablets e smartphones, não contam com qualquer incentivo fiscal. Isso reduz a margem do distribuidor. Para que a categoria deslanche, ela recomenda que os produtos sejam simples e inovadores, e contenham funcionalidades que agreguem valor no dia a dia dos seus usuários, para justificar sua compra.

 

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