Depois de mergulhar fundo no problema da cobrança à revelia de serviços de valor adicionado (SVAs) pelas operadoras móveis aos seus assinantes pré-pagos, a Anatel agora muda de foco. A agência está preocupada com a inclusão de SVAs nos pacotes pós-pagos. O principal problema, no entender da superintendente de relações com os consumidores da Anatel, Elisa Leonel, é que muitos consumidores reclamam de não terem a opção de contratação de planos sem os SVAs. Além disso, há queixas relativas à usabilidade desses serviços.

“O fato de termos resolvido parte do problema no pré-pago não quer dizer que esteja tudo resolvido. Temos um novo desafio: os SVAs no pós-pago. Estamos atentos ao movimento de formação de pacotes no pós-pago. Há duas questões: 1) a indução à migração para planos com pacotes digitais, pois as pessoas alegam que não tiveram a opção de contratar pacotes sem esses serviços digitais; 2) reclamações sobre a própria usabilidade desses SVAs”, comenta Leonel, em entrevista para Mobile Time.

Várias teles têm acrescentado SVAs a pacotes pós-pagos, para torná-los mais atraentes aos consumidores. Em geral são serviços com alta percepção de valor, como streaming de música, streaming de filmes e séries, acesso a jornais e revistas etc. O modelo de negócios costuma ser o “freemium”: o usuário acessa uma versão básica como parte do seu plano, mas pode a qualquer momento assinar a versão premium, com mais funcionalidades, e aí pagar à parte por isso.

No âmbito do pré-pago, as teles se comprometeram a tomar uma série de medidas para reduzir a quantidade de reclamações. Tais ações estão prevista sem planos enviados à Anatel e já aprovados pela agência. Leia aqui matéria de Mobile Time sobre o tema.

 

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