Sigmais

Guilherme Azevedo, CTO da Sigmais. Foto: divulgação

A Sigmais, empresa de Vitória/ES, fabrica dispositivos capazes de monitorar a temperatura de freezers e geladeiras para que alimentos não pereçam. Para atuar como fornecedor dessa tecnologia para os atores da cadeia de medicamentos e vacinas – laboratórios, transportadoras, postos de saúde, por exemplo – a empresa adaptou seu dispositivo para que também pudessem conversar com o protocolo Narrowband-IoT (NB-IoT). Os dispositivos já estavam preparados para se conectar aos protocolos Sigfox (da WND) e LoRa One (da American Tower) e, agora, podem também conversar com NB-IoT. Para isso, a empresa de Vitória/ES firmou parceria com a TIM.

“Tínhamos a necessidade de uma cobertura nacional, por isso a parceria com a TIM. Mas não importa sobre qual rede os dados estejam trafegando, é a mesma forma para o usuário final”, explica Guilherme Azevedo, CTO da Sigmais.

Como funciona

O dispositivo tem uma sonda que mede a temperatura da câmara fria e essa atividade pode ser controlada pelos gestores, que estipulam a frequência de envio de dados (a cada cinco minutos, por exemplo). É possível também avisar quando o ambiente monitorado sofre uma mudança na temperatura ou mesmo enviar, de acordo com o período desejado, os dados coletados, mesmo que não tenha sofrido alterações.

Segundo Azevedo, a solução da Sigmais se destaca por dois aspectos. O primeiro deles é o envio de sinais aos gestores informando a quantidade de vezes que a porta da geladeira foi aberta e por quanto tempo ela esteve aberta. “Como é possível estipular de quanto em quanto tempo o dado é enviado, isso ajuda na prevenção. A pessoa responsável tem um período para recondicionar a geladeira e prevenir perdas. Fazemos a mitigação da perda”, resume.

O segundo ponto é o uso da tecnologia blockchain para registrar os dados e poder acessá-los para verificar a veracidade deles. É possível inserir informações como: alarme de porta, leitura da temperatura e violação da porta. “É um rastreio seguro no tempo”, afirma o CTO da Sigmais.

A sonda também é capaz de informar se a caixa foi aberta no meio do percurso. Neste caso, a central de controle é acionada.

O dispositivo também é capaz de localizar a caixa monitorada por meio da triangulação das antenas de celular. “Não tenho a precisão de um GPS, mas é possível saber se o recipiente está no bairro certo, por exemplo, se está no aeroporto. É um acompanhamento logístico satisfatório”, complementa.

No momento, a Sigmais tem clientes no segmento de alimentação e conversa com quatro empresas da cadeia de medicamentos e vacinas. “Estamos fazendo testes com quatro atores dessa cadeia.”, diz. A comunicação com as três redes era um projeto que estava no roadmap da Sigmais. Porém, com a Covid-19, a empresa optou por acelerar o projeto e antecipá-lo.

 

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