A Asus descartou a possibilidade de lançar um dispositivo com tela dobrável. Em conversa recente com o Mobile Time, Fábio Faria, diretor de marketing da fabricante no Brasil, explicou que, embora a tecnologia esteja disponível, os handsets deste gênero precisam de um “killer app”.
Além da negativa em relação aos dobráveis, Faria confirmou que a Asus manterá os chipsets QSiP da Qualcomm nos smartphones intermediários. Afirmou que o momento é de “avaliação” para considerar fatores como “performance, features, custo e longevidade”, de modo que a companhia decidirá quais smartphones podem receber o processador.
Outro tema abordado na conversa foi a estratégia de produtos, que será mantida com foco em smartphones da faixa de preço intermediária e premium: “A pista de preço que queremos trabalhar é muito clara. E queremos nos posicionar na categoria de cima: premium, intermediário high e intermediário baixo”, disse o diretor de marketing.
A Asus manterá a estratégia de lançamento do Zenfone 7, sem impactos ou atrasos causados pelo novo coronavírus. O handset foi anunciado no portfólio do Qualcomm Snapdragon 865 de 2020, e chegará ao mercado no segundo semestre de 2020.
Finanças e canais
Pelo lado financeiro, Manuel Castro, diretor comercial da Asus no Brasil, explicou que o resultado da companhia ficou abaixo do esperado em 2019. Sem revelar os números, afirmou que a estratégia de crescimento para 2020 será mantida nos smartphones. Por outro lado, a companhia aposta em um aumento de seu share no mercado brasileiro de computadores pessoais.
“Para o faturamento global da Asus, a participação de notebook é grande. No Brasil é menor. Por isso, nós vamos tentar equilibrar. A nossa participação no mercado de notebooks brasileiro vai crescer”, afirmou Castro. “No passado, nós tivemos um crescimento significativo em smartphones, mas foi um pouco abaixo do esperado. Teve uma disputa acirrada no mercado entre os dois líderes do mercado (Samsung e Motorola). Isso diminuiu o poder das marcas menores”.
Em canais, o foco da Asus seguirá nas vendas com os varejistas. Embora tenham conversado com Claro e vendidos lotes de smartphones com a Vivo em 2019, o processo e a visibilidade não são ideias, como relatou Faria: “A nossa presença em operadoras não é tão forte. Fechamos com a Vivo, mas somos mais fortes no varejo. O business da operadora é outro. É serviço. Nesse momento não temos visibilidade para trabalhar com eles”.