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A adoção de tecnologias disruptivas, como Internet das Coisas e inteligência artificial, está longe do cotidiano das empresas durante a pandemia do novo coronavírus (Sars-Cov 2). Segundo estudo sobre digitalização nas empresas feito pela IDC Brasil encomendado pela Oi, 10% usam blockchain; 21%, SD-WAN; 26%, IoT; e 21%, IA.

Para efeito de comparação, a adoção é mais ampla em tecnologias como comunicação unificada (48%), cloud (43%) e big data (34%). Na apresentação dos dados nesta quinta-feira, 13, Luciano Saboia, gerente de pesquisas e consultoria em telecom na IDC Brasil, explicou que os dados são um reflexo das demandas corporativas durante a crise pandêmica.

“O uso de comunicação unificada e cloud é reflexo de uma necessidade de sobrevivência da empresa de maneira desafiadora. A área de TI reage de forma instantânea. Se não fosse a pandemia, talvez big data estivesse lá embaixo em lista de prioridade”, afirmou Saboia. “Vemos o mercado e as tecnologias de cloud no Brasil em nono e IoT em 28º, se comparado com o resto do mundo. O mercado ainda não viu benefícios, em como impulsiona o negócio e traz agilidade, eficiência e produtividade”, concluiu.

Nova realidade

IDC

Feito com 200 empresas brasileiras com mais de 250 funcionários, o estudo revela ainda que a avaliação geral das companhias em transformação digital é baixa, 48 pontos em uma escala de 0 a 100. Dividido em três partes, segurança da informação tem a pior nota (40,1) seguido por serviços de TI (49,7). Por sua vez, a modernização da infraestrutura teve a nota mais alta (54,3) pela necessidade de adaptação do setor B2B ao home office na pandemia.

“Os três pilares do estudo têm relação com o momento que estamos passando (pandemia). Especificamente, quando olhamos infraestrutura, haverá uma transformação brutal nas empresas. Por exemplo, 80% têm datacenter on-premise (no local) e 50% das empresas que participaram têm toda a infraestrutura rodando em nuvem. Na pré-pandemia, isso era por segurança ou latência. Fisicamente, a equipe ficava no local, o risco era menor. Mas, veio a pandemia, todo mundo trabalha de casa, a segurança fica distribuída, e nós começamos a ver uma pressão sobre espaço. Isso acontece com a redução do datacenter interno” disse Denis Arcieri, country manager da IDC no Brasil.

Arcieri explica que esse movimento de mudança de arquitetura de rede e nuvem deve durar por pelo menos dois anos, uma vez que haverá uma necessidade das companhias de serem “flexíveis e adaptáveis”. Essa alteração também valerá para segurança, que precisará de ambiente descentralizado como VPN e firewall em nuvem.

“O trabalho remoto segue como realidade, e segurança precisa ser olhada como forma holística. Veremos mudança de ações corretivas para preventivas. Isso dependerá de skills internas, mas talvez não dê tempo. O ideal nesse caso é (o empresário) selecionar parceiros estratégicos”, completou o country manager.

Serviços

Oi

Pelo lado da Oi, Adriana Viali, head da Oi Soluções, explicou que o estudo colabora para a operadora entender a percepção e a necessidade das empresas contratantes. Deu como exemplo a parte de segurança e nuvem que mostra a necessidade de melhoria de digitalização no segmento B2B brasileiro.

Como forma de atender e entender a demanda das corporações, a operadora manterá uma versão de autoanálise do estudo no site do Oi Soluções. A ideia é que empresários respondam esse estudo e analisem como está a transformação digital em suas companhias. Os dados das firmas são anônimos, mas o compilado servirá para a Oi entender o desenvolvimento da digitalização ao longo do tempo.

Além disso, Rodrigo Shimizu, diretor da área de soluções da operadora, confirmou que a Oi lançará na próxima semana um serviço de nuvem multicloud em parceria com as principais nuvens públicas, como AWS, da Amazon; Azure, da Microsoft; Google Cloud; IBM; e Huawei. Para o segundo semestre, a operadora terá uma nova cloud pública nesse ambiente de multicloud.

“Os parceiros de nuvem pública atuarão em conjunto com a Oi Soluções. Em infraestrutura para gerenciar múltiplas nuvens, mudança do datacenter para nuvem, a Oi quer ajudar em consultoria para as empresas”, explicou Shimizu.

 

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