A Galinha Pintadinha e o Galo Carijó não saem mais da cabeça das crianças e dos seus pais. O sucesso da personagem foi além dos DVDs e brinquedos: a galinha está presente em aplicativos móveis que somam 2 milhões de downloads.
A área digital (vídeos no YouTube, aplicativos e licenças para Netflix) representa 25% do faturamento atual da Bromélia Produções, empresa responsável pela produção do desenho animado. Cerca de 15% desse total vêm dos aplicativos. “O mercado móvel tem muita importância para nós e para os fãs da Galinha, pois é possível ver os vídeos em todos os lugares. Em casa, a criança pode assistir aos DVDs, mas quando os pais querem sair, a criança pode ficar entretida no carro ou no restaurante por meio do celular”, diz Juliano Prado, um dos criadores e produtores da Galinha Pintadinha.
Hoje, a Galinha Pintadinha tem cinco apps diferentes para iOS (Turma da Galinha Pintadinha, Escolinha da Galinha Pintadinha, Memorinha, Genius da Galinha e PoChickenPo) e um para Android (Turma da Galinha). A empresa está preparando o lançamento de apps para o Windows 8 e Firefox OS. A plataforma Windows deve ganhar o primeiro título em julho deste ano.
A Galinha Pintadinha também se transformou em Gallina Pintadita. O aplicativo de clipes ganhou uma versão em espanhol para iOS, além de vídeos no YouTube no idioma. Até o final do ano, a Gallina também estará disponível para os hermanos com Android. “Temos usuários do Chile, Colômbia, entre outros, mas os países líderes em downloads são o México e a Espanha. Também vamos criar uma versão em inglês neste ano, e com as outras novidades para sistemas operacionais diferentes, esperamos que o número total de downloads mais que dobre até o fim de 2013”, afirma Guilherme Coelho, diretor-executivo da 01 Digital, desenvolvedora e publisher dos aplicativos da Galinha Pintadinha.
Em relação aos 2 milhões de downloads atuais, a divisão desse número entre Android e iOS é equiilibrada. “O sistema da Apple levou dois anos para alcançar um milhão de usuários, enquanto o Android levou um ano. Apesar de estarem empatados, a tendência é que os downloads em Android superem os de iOS, devido ao número de smartphones com o primeiro sistema”, complementa Coelho.
Embora os downloads sejam maiores pelo sistema do Google, é do iOS que vem a maior parte da receita de aplicativos. Na plataforma da Apple, o principal aplicativo vem com alguns vídeos gratuitos, e os outros são vendidos a R$ 1,99. “Com certeza as vendas in-app em iPhones e iPads são as que mais geram receita, até porque foi o primeiro sistema que usamos, onde o aplicativo está mais consolidado. No Android, a cultura de compra é menor, lá mantivemos os vídeos gratuitos”, diz Juliano Prado.
A empresa também usa outros modelos de negócios nas ferramentas móveis: o patrocínio dos clipes, banners de anúncios dentro do app para Android e contratos de licenças para que os aplicativos sejam pré-instalados em tablets infantis.