O uso comercial do 5G deve chegar apenas no segundo semestre de 2019 no Brasil. Enquanto isso, a Vivo prepara sua estrutura de rede em conjunto com a Ericsson. De acordo com Átila Branco, diretor de planejamento de redes da operadora, a base da quinta geração da Internet móvel será o 4G, contudo, precisará de mais estrutura para ativar o 5G no País.

“Estamos testando hoje a tecnologia de telemedicina em frequência de 28 GHz (ondas milimétricas), mas percebemos que, em frequências mais altas, o 5G tem problemas de oscilação em acesso indoor. Neste momento estamos preocupados com as novas frequências e seus impactos no 5G” , explicou o executivo. “Acreditamos mais na frequência nova (de 3,5 GHz) para o 5G. É um investimento que está no nosso radar. Assim como mais antenas, mais fibra ótica (no backhaul e backbone) e virtualização de rede”.

Um dos exemplos que a Vivo já começou a preparar em sua estrutura é o Unica, projeto com seis data centers para fazer a virtualização de sua rede. Atualmente, a companhia já utiliza aplicações de núcleo de rede para voz e funções virtualizadas de rede (VNF) nesses equipamentos.

Branco disse a Mobile Time que é possível misturar a frequência de 3.5 GHz (que aguarda leilão da Anatel) com uma frequência baixa (de 700 MHz), de modo que não gerará interferência na rede e garantirá o suporte a usuários tanto em ambientes internos como externos. Sobre a capilaridade da rede de quinta geração, Marcos Scheffer, vice-presidente de redes da Ericsson, acredita que a expansão será primeiro em regiões com mais densidade urbana, e depois para o resto do País.

Sobre os casos de uso, Scheffer disse que o primeiro pode acontecer em verticais como saúde e fabricantes de automóveis. O executivo da fornecedora lembrou que há estudos com Scania e Volvo, enquanto que, por outro lado, realiza testes com universidades para analisar o impacto da adoção do 5G na sociedade, como a brasileira Universidade Federal do Ceará.

 

 

 

 

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