Indignado com o pedido de vistas do conselheiro Moisés Moreira, da Anatel, para o edital do 5G, o ministro das Comunicações, Fábio Faria, afirmou que mantém o calendário para o leilão em outubro deste ano. “Foi um pedido altamente inesperado por uma série de razões. O edital está na Anatel desde outubro de 2019. Desde quando o TCU retornou o processo para a Anatel nos colocamos à disposição para conversar com qualquer equipe para que a gente pudesse tirar qualquer dúvida, porque sabemos da importância do 5G para o País. Não é um projeto de governo”, ressaltou.
Segundo ele, o pedido de vistas representaria um prejuízo aos cofres públicos de R$ 100 milhões por dia – a fonte deste número, segundo o secretário Artur Coimbra, seria um estudo da Universidade Columbia, dos Estados Unidos, e que não foi apresentado na coletiva.
Faria não deixou de expressar insatisfação ao afirmar que os conselheiros ficaram muito tempo com este edital em mãos. “O MCom já respondeu a todos os questionamentos exaustivamente. Espero que as perguntas que venham sejam pertinentes. Se há algum outro tipo de motivação, não sei, imaginamos que ninguém esteja atendendo a alguma empresa, porque isso seria crime”, disse.