O Mercado Pago (Android, iOS) lançou nesta segunda-feira, 13, a tag Ultrapasse para pagamento automático em chancelas de rodovias e estacionamentos. Em conversa com Mobile Time, Rodrigo Furiato, diretor de carteira digital da empresa, explica que o novo produto era ‘um caminho natural” para a companhia, se considerar a combinação do avanço do programa de relacionamento, os usuários do segmento automotivo no Mercado Livre e o começo da oferta de cartão de crédito.
“Pensamos em tudo casado: o cartão de crédito, a compra do nível 6 (usuário pode assinar o plano mais alto do Mercado Pontos) e a grande atratividade de serviços do Mercado Pago”, diz o executivo. “Além disso, a frente de automóveis é uma das principais do Mercado Livre, seja em autopeças ou nos avanços em classificados (venda de veículos). Ou seja, tem sinergia com esse segmento”, afirma.
“Vamos avançar para que todo o veículo saia da plataforma com a tag. Estamos trabalhando intensamente nisso. É um processo que será natural (oferta de compra de peça ou carro com o Ultrapasse). Esperamos que fique pronto para o final desse ano ou começo de 2022”, completa.
Serviço
Começando a partir de R$ 12,90 mensais, o Ultrapasse foi feito em parceria com a ConectCar e tem cobertura nacional em 100% das rodovias e mais de 1 mil estacionamentos. Os primeiros três meses são gratuitos. Consumidores do nível 6 do Mercado Pontos não pagam pela assinatura mensal. O pagamento das passagens na chancela é feito pela conta do Mercado Pago.
Para assinar o novo serviço, o consumidor precisa abrir o app do Mercado Pago, escolher ‘pagar’ dentro do menu e clicar no ícone do Ultrapasse. Em seguida, o usuário confirma a compra ao clicar no botão “quero meu Ultrapasse”.
Novo consumidor
Furiato relata que a experiência com tag de pagamento automotivo estava sob avaliação do Mercado Pago há um ano. Segundo ele, o serviço colabora para estar presente na jornada do consumidor recorrentemente. “É um pouco do conceito da nossa ideia de estar presente no dia a dia das pessoas”, disse. “Nós investíamos em mobilidade urbana com meio de transporte público, como o NFC no metrô do Rio de Janeiro. Portanto, seria natural ir para a mobilidade privada”, completa.
Segundo o executivo, o Mercado Pago enxergou um potencial neste segmento porque muitos clientes não tinham a tag. Para comprovar, uma tag de pagamento foi testada pelo público interno da sede do Mercado Livre no Brasil.
“Fizemos tudo coordenado focando em entrar na nossa base de clientes. Também queremos trazer novos consumidores com essa proposta de valor mais ampla. Mesmo com toda concorrência do mercado, no máximo, 40% das pessoas têm tag. Tem muito cliente para buscar, mesmo com concorrência”, explica.
O executivo conta que outros modelos de negócios estão no radar com o Ultrapasse. Um deles é a tag para uso não recorrente, ou seja, usuários que não utilizam estacionamentos ou passam por rodovias com tanta frequência. Também está no cronograma o pagamento por crédito das vezes em que o motorista passa com a tag em uma chancela.