Um dos próximos Centro de Pesquisa Aplicada em Inteligência Artificial no Brasil será voltado à cibersegurança, informou o coordenador de pesquisa e desenvolvimento da Secretaria de Empreendedorismo e Inovação do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações, Rubens Caetano, durante participação em evento da Fiesp nesta terça-feira, 13. Caetano lembrou que há duas vagas remanescentes para o programa que foi criado em parceria com Fapesp e CGI.BR, sendo que uma dessas vagas será destinada à segurança digital.
“São oito centros (propostos no edital). Hoje seis estão em operação e dois estão em fase de seleção. Um dos dois novos centros, inclusive, será especializado na temática de cibersegurança”, afirmou o coordenador. “Isso é mais um ponto de ação que é importante estabelecer junto com a iniciativa privada e instituições de pesquisa em âmbito nacional: a implantação e desenvolvimento da IA no Brasil. É uma tecnologia habilitadora para diversos mercados”, concluiu, sem revelar datas.
Atualmente, os seis centros de inteligência artificial ativos são:
- IARA – USP – Cidades;
- BIOS – Unicamp – Agro;
- Centro de Excelência em Pesquisa Aplicada em Inteligência Artificial para a Indústria – SENAI – Indústria;
- Centro de Pesquisa Aplicada em Inteligência Artificial para a evolução das Indústrias para o Padrão 4.0 – IPT – Indústria;
- Centro de Inovação em Inteligência Artificial para a Saúde – UFMG – Saúde;
- CEREIA – UFC (Universidade Federal do Ceará) – Saúde.
Vale dizer que no edital lançado pela Fapesp e CGI em 2020 o programa não abrangia diretamente a cibersegurança nas áreas temáticas, mas apenas quatro setores principais: saúde, agricultura, indústria e cidades inteligentes. Entretanto, a chamada de propostas abria um precedente para a segurança digital:
“Contudo, como grande parte destes dados estão na Internet, e somando-se ao crescimento de sensores conectados que compõem a Internet das Coisas (IoT), questões como a segurança dos dados e a privacidade passaram a ter um grande impacto e relevância no cotidiano das empresas, do governo e da sociedade como um todo”, apontava trecho do documento.