Um título que já foi da China e depois da Índia agora pertence à África Subsaariana: esta é a região onde os serviços de telefonia móvel crescem mais rapidamente no mundo. Entre 2000 e 2012, o crescimento médio anual da base de assinantes de telefonia celular da África Subsaariana foi de 44%. Em 12 anos, houve um salto de 12,3 milhões para 475 milhões de linhas em serviço. Os dados fazem parte do documento Observatório Móvel da África Subsaariana, publicado pela GSM Association (GSMA) em parceria com a consultoria Deloitte.

Outro dado interessante apresentado no relatório é o papel desempenhado pela mobilidade no acesso à Internet. Em alguns países da África Subsaariana, os dispositivos móveis respondem por mais da metade do tráfego total da web. É o caso do Zimbábue e da Nigéria, onde o acesso móvel responde por 58,1% e 57,9%, respectivamente, do tráfego total. Para se ter uma ideia, a média mundial gira em torno de 10%. A previsão é de que o tráfego móvel na região cresça 25 vezes nos próximos quatro anos.

De acordo com o documento, a indústria móvel contribui diretamente com aproximadamente 4,4% do PIB da região, ou US$ 32 bilhões, e mantém 3,5 milhões de postos de trabalho.

A GSMA, contudo, alerta para o problema de falta de espectro na África Subsaariana para a expansão de serviços móveis. Alguns países têm alocado apenas 80 MHz para mobilidade, enquanto em nações desenvolvidas chega-se a 500 MHz para essa finalidade. A entidade propõe a liberação de licenças em 700 MHz e 2,6 GHz, além da autorização para prestação de serviços 3G e 4G em faixas como 900 MHz e 1,8 GHz.

 

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