A SumUp, empresa de mPOS de origem europeia, completa nesta quinta-feira, 13, um ano do lançamento oficial da sua operação no Brasil. A companhia está agora com quase 70 mil clientes no País e tem como meta atingir 100 mil até o fim de dezembro, revela seu diretor, Igor Marchesini. Hoje o Brasil é o segundo maior mercado da SumUp no mundo, atrás apenas da Alemanha.

Um dos principais aprendizados da SumUp nestes primeiros 12 meses de atividade por aqui foi descobrir que o perfil do usuário brasileiro de mPOS é completamente diferente do que imaginavam originalmente. "Antes achávamos que atenderíamos comerciantes que fazem muitas transações de valores pequenos diariamente, tipo vendedor de cachorro quente, de pamonha etc. Mas quem está usando de verdade são profissionais que fazem poucas vendas de valor alto e que querem se livrar do risco de levar calote com cheque pré-datado", relata Marchesini. Segundo o executivo, o cliente médio da SumUp usa o serviço semana sim, semana não. Na semana que usa, o faz apenas em dois dias, com uma média de 1,5 transação por dia. Mas são transações acima de R$ 300. Em geral é gente que usa o serviço para receber pagamento por trabalhos que complementam a sua renda mensal. É diferente da Europa, onde taxistas e pequenos comerciantes aderiram ao mPOS e fazem diversas transações de pequeno valor todos os dias.

Crescimento

O mercado potencial no Brasil para mPOS é enorme. Estima-se que haja 31 milhões de empreendedores no País que ainda não aceitam pagamento com cartão. A SumUp, contudo, não quer crescer a qualquer custo. "Não se trata de uma corrida de 100 metros, mas de uma maratona. Hoje, seguro minhas campanhas de aquisição para garantir que darei uma boa qualidade de serviço e de suporte", diz. Para dar conta dessa demanda, a SumUp está com 30 vagas abertas, sendo 25 somente na área de atendimento. Cabe destacar que a companhia procura se diferenciar com atendentes de nível universitário, acima da média encontrada na maioria dos call centers.

Parcerias

Alguns dos principais concorrentes da SumUp no Brasil firmaram parcerias estratégicas com empresas de grande porte, como iZettle com Santander e Payleven com a Band. Outros já nasceram dentro de grupos gigantes, como a Cielo Mobile e o PagSeguro, do UOL. Dentre os maiores players de mPOS que atuam no Brasil, a SumUp é a única sem esse tipo de apoio estratégico. Marchesini reconhece que tais parcerias são importantes, mas diz que é uma questão de tempo e de encontrar o parceiro certo. E lembra que na Europa muitas das parcerias firmadas pelas empresas de mPOS não deram certo. "Foi um desastre coletivo, considerando a quantidade de dinheiro e de tempo investidos. Apenas as parcerias com bancos deram certo", afirma. A SumUp, porém, vai experimentar agora uma parceria com um grupo de mídia na Alemanha, que incluirá troca de ações. Se der certo, o modelo pode ser trazido para o Brasil.

 

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