O mês de setembro de 2015 foi o pior da história do serviço de telefonia móvel no Brasil quando analisada a evolução do número total de linhas celulares em serviço. A base do País caiu 4,13 milhões, um recorde em um único mês, passando de 280,02 milhões no fim de agosto para 275,89 milhões no fim de setembro, informa a Anatel. O mercado vinha crescendo até maio passado, quando atingiu o auge de 284 milhões. E a partir de junho começou a cair, mês após mês.

Isso não significa necessariamente que a base de usuários de telefonia móvel tenha diminuído no Brasil. Muitas das linhas desativadas talvez fossem uma segunda ou mesmo uma terceira linha do mesmo consumidor e que, por falta de uso, podem ter sido desligadas pelas operadoras, no caso de pré-pagos em longo período de inatividade. Analisando-se a proporção entre planos pós e pré-pagos, percebe-se que a diminuição ocorreu somente no pré-pago, cuja base foi reduzida de 208,2 para 203,56 milhões. No pós-pago, ao contrário, houve aumento da base, de 72 para 72,33 milhões. Os pós-pagos agora representam 26,22% da base brasileira de telefonia móvel.

A queda nas linhas em serviço provavelmente será intensificada nos próximos meses, por conta da estratégia das operadoras de unificar os preços das chamadas para dentro e para fora de suas redes, movimento liderado inicialmente por Oi e TIM. Estima-se que entre 30% e 40% da base pré-paga nacional seja composta por segundas, terceiras ou quartas linhas dos mesmos usuários, que aproveitam-se das promoções on-net adotando celulares com entrada para mais de um SIMcard.

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Todas as quatro grandes operadoras registraram reduções em suas bases de assinantes em setembro. A maior delas aconteceu na Vivo, que perdeu 2 milhões de linhas nesse mês. Como reflexo, a Vivo foi a única que teve redução em seu share em setembro. A tele do grupo Telefônica, contudo, segue sendo a líder, com 28,78% do mercado, seguida por TIM (26,31%), Claro (25,5%), Oi (17,93%), Nextel (0,86%), Algar (0,47%), Porto Seguro (0,12%), Sercomtel (0,02%) e Datora (0,01%).

4G

A base 4G brasileira cresceu 10,3% em setembro, passando de 16,54 para 18,24 milhões, o que representa agora 6,6% do total. A base 3G, por sua vez, caiu de 162,3 para 160,6 milhões. E a 2G diminuiu de 83,8 para 80 milhões. Vale lembrar que tais quedas não significam necessariamente uma redução real na mesma proporção em aparelhos. Muitos usuários simplesmente tiveram sua segunda ou terceira linha desativada, mas seguem usando o mesmo telefone, agora com menos SIMcards. Mas claro que houve também uma parcela que migrou para o 4G.

 

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