Os testes do sandbox regulatório da ANTT voltado para o free flow, em parceria com a CCR RioSP, ao longo do trecho Rio de Janeiro-Ubatuba da BR 101, completam seis meses. Ao longo deste período foram realizadas mais de 8,02 milhões de transações. Setembro foi o mês de pico nos pórticos, com 1,33 milhão de transações no pedágio sem cancela.
A adimplência está em 86%, ou seja, a maioria paga o pedágio, ficando em 13,7% percentual de inadimplentes.
Do total de veículos, 56% possuem tags válidas; 27% não possuem tags; 10% têm tags inválidas (sem saldo ou sem o serviço ativo); e 7% são isentos de cobrança. Aqueles sem tag ou com tag inválida precisam fazer o pagamento por outros meios. Neste caso, a concessionária oferece pagamento a partir do seu site, WhatsApp, aplicativo e espaços físicos parceiros ao longo da via. O motorista terá a leitura da sua placa feita e deve realizar o pagamento em até 15 dias após a passagem no free flow. Depois desse período, o ato é considerado uma infração grave do código de trânsito e o motorista deverá pagar a multa de R$ 195,23 e receberá cinco pontos na carteira.
“O caminho é o uso da tag”, avaliou Cleber Chinelato, superintendente de arrecadação da CCR. “A identificação do cliente funciona muito melhor e a experiência é fluida”, disse durante workshop promovido pela ANTT em Brasília, nesta quarta-feira, 13, onde apresentou o balanço dos seis meses dos testes do free flow na BR 101.
O uso do tag vem aumentando mês a mês na região entre Rio de Janeiro e Ubatuba. Antes do free flow, a concessionária mediu o volume de veículos com tags na rodovia e detectou que 38% dos que ali passavam tinham o adesivo. Agora o número subiu para 59%.
Não à toa, a ConectCar optou por oferecer na localidade um tag livre de mensalidade para que usasse somente nos pórticos do free flow da CCR RioSP.
Como funciona
A tecnologia identifica os veículos através do tag ou da placa e é capaz de reconhecer características como altura, largura, comprimento e quantidade de eixos de cada veículo e determina o valor.
Para isso, o pórtico do free flow possui os seguintes equipamentos:
– conjunto de antenas: responsável pela leitura dos tags nos veículos.
– VDX: equipamento responsável pela detecção, classificação e leitura da placa.
– VRX: dispositivo que trabalha em conjunto com o VDX e busca aumentar a precisão de leitura da quantidade de eixos rodantes e suspensas;
– iluminador infravermelho: auxilia na leitura das placas no período noturno.
O conjunto de equipamentos permite que a leitura seja feita de modo que o motorista não precise reduzir a velocidade.
Foto: Cleber Chinelato, superintendente de arrecadação da CCR. Imagem: reprodução de vídeo