O Magalu apresentou na última quinta-feira, 12, um novo modelo de negócios para sua nuvem, a Magalu Cloud. Batizada como “Integrated Private Zones”, consiste em oferecer uma célula privada do datacenter dedicada para o cliente não ficar na nuvem pública. Foi apresentada durante as comemorações do primeiro ano da plataforma empresarial.

O Magalu adota um modelo celular de expansão da nuvem que permite ampliar a capacidade dos servidores com a adesão de equipamentos menores. Neste formato, o campus de datacenter é expandido à medida que os clientes precisam de recursos. Ou seja, a Integrated Private Zones não é uma nuvem privada on premisse, nem é uma nuvem pública que está dividindo o espaço com as outras células públicas do Magalu, e muito menos o formato híbrido dos dois modelos conhecidos.

É uma célula só para o cliente, mas em uma experiência igual à nuvem pública. Por meio de painel, o gestor da célula ativa os recursos para uso de seus funcionários operadores e cria as instâncias (máquina virtual, storage, segurança).

Em conversa exclusiva com Mobile Time, Kiko Reis, head da Magalu Cloud, explicou que a solução surgiu “por acidente”, pois um cliente apresentado pelo CEO do Magalu, Fred Trajano, não poderia ficar na nuvem pública, mas precisava de toda sua capacidade de armazenamento e computação, além de desejar saber quanto gastaria com o serviço.

Ao levar o tema para a engenharia da Cloud, um dos membros da equipe sugeriu entregar a célula de expansão inteira para o cliente: “Se o cliente está disposto a pré-comprar a célula, por que não dar para ele? E se ele comprar a célula, eu (nuvem) vou ao mercado e compro o equipamento mais barato”, explicou Reis.

Magalu Cloud e Dell

Feita em parceria com a Dell, a solução tem como diferencial exclusividade, preço previsível em reais e fácil escalabilidade, além de todo o arcabouço de produtos da nuvem do Magalu e a possibilidade de aquisições em blocos (uma vez que é um modelo celular).

“É uma nova oferta para consumir nuvem”, disse Diego Puerta, CEO da Dell no Brasil. “Sempre vimos a nuvem pública com bons olhos. Mas tem desafios, e não são poucos. Ter 100% na nuvem é um risco, por exemplo. Por isso, sempre nos posicionamos como uma cloud híbrida. Tanto que reposicionamos o nosso portfólio. A Private Zone encaixa bem e complementa a nossa oferta de nuvem híbrida. Coloca uma camada amigável para os desenvolvedores, casa com infraestrutura robusta e tem oferta competitiva e de fácil acesso”, completou.

Reis explicou que a parceria com a Dell terá não apenas os equipamentos, mas a força de vendas da fornecedora apresentando a oferta de nuvem celular aos clientes, uma vez que a equipe comercial da Magalu Cloud não é tão grande como a da Dell. Mas reforçou que também terá venda direta e que a implantação é do Magalu apesar de ter o apoio da Dell.

Outras novidades

Além da Private Zone, Reis apresentou novos serviços que estão disponíveis na nuvem pública do Magalu. Entre eles estão: contêineres Kubernetes (em preview); Cold Storage (para um armazenamento mais frio) que tem 40% de custo menor, pois não consome tanto em comparação com o Storage habitual; armazenamento em blocos.

Outra novidade é o começo da oferta de SaaS para varejo online com três produtos do grupo que podem ser integrados aos clientes via ERP: Smart Hint, um sistema de busca e recomendação; PDV Multicanal da Stoq; e gestão online de supermercado com o Vip Commerce.

Para 2025, o Magalu firmou uma parceria com o CloudFlare para fazer parte da Bandwidth Alliance, um consórcio que faz com que a transferência de dados entre os membros seja reduzida ou tenha custo zero, o que vale principalmente para clientes que têm serviços multicloud.

O executivo reforça ainda que todas as soluções apresentadas no lançamento de 2023 estão disponíveis.

 

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