O Magalu pretende ampliar o seu campus de data center do nordeste em 2025. A novidade foi confirmada pelo head da Magalu Cloud, Kiko Reis, em conversa exclusiva com o Mobile Time durante as comemorações de um ano do serviço nuvem pública da empresa.

Atualmente, a varejista tem cinco regiões de cloud, sendo que três estão no sudeste (São Paulo) e outras duas estão no nordeste (Fortaleza, próximo à Praia do Futuro). O avanço mira atender a demanda constante e expansão de sua base de clientes, uma vez que a nuvem terminou o seu primeiro ano com mais de 300 empresas em sua carteira.

Em seu primeiro ano de atividades, a plataforma oferece serviços de computação, armazenamento, segurança e banco de dados em nuvem. E agora caminha para oferecer kubernetes e SaaS.

Conectividade dos datacenters

No último ano, o Magalu também fez um investimento pesado em conectividade e multiplicou em aproximadamente dez vezes os links de trânsito para suportar a capacidade com anéis para interconectar os data centers, sendo que cada link tem um canal separado.

Para 2025, uma parceria de infraestrutura de rede em escala nacional será anunciada para ampliar a capacidade de rede dos data centers.

Primeiro ano da Magalu Cloud

Reis explicou que os aprendizados do primeiro ano de atuação da Magalu Cloud mostraram que o escopo era maior que o esperado, uma vez que os clientes vinham com demandas específicas, em especial os grandes. Também explicou que ainda tinha muito receio no mercado com a nuvem pública nacional.

“Cada um deles (clientes) traz uma história nova e o time teve que ‘dançar muito rápido’ para se desdobrar e colocar coisa nova de pé”, lembrou o executivo, uma vez que os lançamentos da Magalu Cloud foram faseados entre o final de 2023 e o ano de 2024. Mas este cenário foi mudando com a chegada de profissionais do setor de cloud, como Alexandre Mandl, diretor de novos negócios da Magalu Cloud com mais de 20 anos de experiência em TICs.

Como exemplo entre os clientes, o CEO do iCasei, Otávio Ribeiro, explicou que no começo suas equipes tinham receio de migrar da nuvem da Amazon AWS para o Magalu, mas a robustez da tecnologia e a previsibilidade do preço em Real fez com que os próprios mudassem de opinião e começassem a migrar tudo para a nuvem da varejista. Com planos para expandir pela América Latina em 2025, a utilização da Magalu Cloud se tornou vital para atender a demanda dos novos mercados.

Por sua vez, Natalia Castan, CEO da empresa de atendimento Unite, explicou que o principal motivo para trocar o seu antigo provedor pelo Magalu foi a possibilidade de previsibilidade do custo em Reais. Com isso, a empresa obteve uma redução da ordem de 70% nos custos com nuvem. Agora, a empresa aposta na relação com o Magalu para avançar com suas ofertas de SaaS e soluções de atendimento ao cliente baseadas em inteligência artificial.

SaaS no Magalu Cloud

Além da estratégia mais próxima com seus clientes, a Magalu Cloud avançou com a oferta de software as a service (SaaS) de três produtos da varejista:  Smart Hint, um sistema de busca e recomendação; PDV Multicanal da Stoq; e gestão de online de supermercado com o Vip Commerce.

A ideia do Magalu é colocar esses três primeiros serviços para mostrar o potencial que a nuvem tem de ofertar serviços sob o formato de marketplace. Com isso, o head da Magalu Cloud reforçou que a prerrogativa principal da plataforma é não disputar mercado com os clientes, mas trazê-los para o ecossistema como parceiros que oferecem serviços no seu marketplace.

 

 

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