O Google pediu uma redução na multa de 2,4 bilhões de euros aplicada pela Tribunal Geral da Europa, o segundo maior da região. De acordo com a Reuters, a companhia norte-americana considera que o montante da pena por práticas antitruste não condiz com a realidade, uma vez que não possui fatos ou base legal para cobrar tal valor.
Christopher Thomas, o advogado do Google, disse na audiência desta sexta-feira, 14, que o comportamento de sua empresa não foi anticompetitivo e sequer deveria existir, pois não infringiu as regras de competição nos 13 países que a ação danosa ocorreu. Por sua vez, o advogado da Comissão da UE, Anthony Dawes, disse que a multa foi baseada nas regras da União Europeia e que o Google cometeu abusos.
Embora a última audiência seja nesta sexta-feira, 14, em Luxemburgo, a decisão deve demorar mais um ano até ser divulgada. E, quando for publicada, a companhia poderá recorrer da decisão na principal corte da Europa, o Tribunal de Justiça.
Entenda o caso
Em 2017, o Google recebeu a multa de 2,4 bilhões de euros por usar o seu motor de buscas para favorecer a procura por produtos no Google Shopping, além de depreciar o tráfego de sites rivais de comparação de preço. Batizada de “deterrent multiplier” (multiplicador de dissuasão, na tradução livre para o português), essa prática foi considerada anticompetitiva pela UE. Por atingir 13 países na região, a empresa recebeu um percentual de gravidade – um acréscimo entre e 5% e 20% – no valor da multa.