A Alcatel One Touch vem consolidando, ano após ano, a sua operação no Brasil. Em 2012, vendera 3 milhões de celulares no mercado nacional. Em 2013, subiu para 4 milhões. E a projeção para este ano é alcançar 6 milhões de unidades, metade smartphones e metade feature phones, o que deve representar aproximadamente 10% de participação no mercado total, revela o presidente da companhia, Marcus Daniel. O faturamento, por sua vez, deve duplicar, impulsionado pela maior presença de smartphones no portfólio. Por trás desse crescimento está a montagem de toda uma estrutura local, com marketing, logística, cadeia de suprimentos, assistência técnica e, mais recentemente, fabricação nacional.
Estimulada pela MP do Bem, a Alcatel One Touch iniciou a produção local no quarto trimestre do ano passado, por meio de uma parceria com uma fábrica em Manaus. O foco são os smartphones. Hoje, saem de lá três modelos: Pixo, M´pop e Idol, todos Androids dual-SIMcard, com telas de 3.5, 4 e 4.7 polegadas, respectivamente. Até o fim de março, outros três modelos serão incluídos na linha de produção: Idol Mini (4.3 polegadas), C3 (um dual-core de 4 polegadas) e C5 (um dual core de 4.5 polegadas com receptores de TV analógica e digital). A ideia é ter sempre em produção seis modelos diferentes de smartphones e um de tablet 3G – no momento é o Evo 7. "Assim conseguimos trabalhar uma segmentação grande, atendendo a variedade de demanda do Brasil", explica Daniel.
Por enquanto nenhum dos smartphones da Alcatel One Touch no Brasil são 4G. O primeiro deverá ser lançado somente no quarto trimestre e terá entrada para dois SIMcards, algo ainda inédito no Brasil. O nome do produto é PopS3.
Os aparelhos com Firefox OS da Alcatel One Touch continuarão sendo importados. Hoje, a empresa tem um modelo, à venda com a Vivo, o Fire. No terceiro trimestre trará para o Brasil o Fire C, anunciado em fevereiro durante o Mobile World Congress, em Barcelona.
Embora trabalhe com Windows Phone no exterior, a companhia ainda não tem previsão de trazer esse sistema operacional para o Brasil. A posição pode ser repensada para 2015, dependendo do amadurecimento dessa plataforma no País.
Feature phones
A Alcatel One Touch não pretende abandonar o mercado de feature phones, garante Daniel. Pelo contrário: seu objetivo é tornar-se líder nele, aproveitando que outros concorrentes estão deixando-o. "Temos uma fábrica na China muito grande produzindo feature phones. Embora esse segmento diminua a cada mês, queremos liderá-lo. No quatro trimestre tivemos 20% de share em feature phones no Brasil, segundo o IDC", diz o executivo.
Daniel enxerga hoje o mercado de feature phones dividido em quatro categorias: barra sem câmera; barra com câmera VGA; qwerty com câmera VGA; e feature phone touch screen. A empresa atua nas três primeiras, mas preferiu não entrar na última, que considera hoje dominada pela família Nokia Asha, mas estaria com os dias contados, em razão do barateamento dos smartphones Android de entrada.