Apesar das vendas de smartphones estarem em queda no mundo inteiro, contribuindo para um cenário econômico difícil, o objetivo da TCL é alcançar pelo menos 5% do market share do mercado brasileiro, até 2024. O diretor comercial da Semp TCL, Marcelo Perin, compartilhou a estratégia da companhia, em coletiva de imprensa, nesta quarta-feira, 14.
“Nós chegamos a ter uma representatividade bastante interessante, quando éramos ainda Alcatel. Com a saída da LG, o mercado foi absorvido por concorrentes locais, alguns trafegando por caminhos não tão retos, que não é um caminho que a TCL quer seguir”, alfinetou o executivo. Desde meados de 2018, a companhia global passou a vender seus smartphones no Brasil, mas ainda está entre as fabricantes que possuem menos de 1% do market share por aqui, segundo dados recentes da Statcounter.
Em dezembro de 2022, a TCL lançou sua primeira linha brasileira de smartphones fabricada aqui, na Zona Franca de Manaus. O plano é continuar com a fabricação nacional e usar isso como um diferencial no mercado. Em meados de maio de 2023, a companhia deve lançar o TCL 40 R 5G e o TCL 40 SE, ambos também fabricados no Norte. Apesar do cenário competitivo, Perin se mostrou otimista com o objetivo de expansão da marca.
“Não é uma tarefa fácil, mas acreditamos que com produtos acessíveis, com boa tecnologia – seguindo o que a TCL tem de melhor, que é a grande experiência de telas, trazendo isso para o mundo dos celulares –, vamos conseguir conquistar os brasileiros. É por esse caminho que pretendemos trafegar”, afirmou.
Atualmente, a TCL conta com cerca de 25 parceiros que distribuem seus smartphones pelo Brasil, em aproximadamente 5 mil pontos de venda. Segundo Perin, a companhia ainda não fez acordos para vender nas grandes cadeias nacionais do varejo, mas as conversas para que isso aconteça já estão acontecendo. Nas próximas semanas, a TCL deve fechar negócio com redes de e-commerce para distribuição da sua linha mobile.
“É uma questão de tempo. O mercado de celular encolheu nos últimos três anos, gerando uma dificuldade a mais para quem está entrando agora. É um mercado recessivo, com o consumidor contando cada vez mais o dinheiro. A entrada nesses grandes varejos ainda está demorando um pouquinho mais do que gostaríamos”, contou.
NFC
Para se destacar entre as fabricantes de smartphones no Brasil, muitas das quais oferecem produtos com características similares, a TCL aposta em fazer um marketing que comunique ao consumidor os diferenciais do seus produtos. Segundo Raphael Rocha, diretor de produtos e marketing, a companhia faz questão de esclarecer, por exemplo, o que é NFC, que pode não ser tão óbvio para o público leigo.
“Quando coloco o pagamento por aproximação como sendo o grande diferencial dessa tecnologia no dia a dia do consumidor, acabo tirando esse peso da sigla, da letra que ninguém entende e já dou um benefício para ele de antemão”, explicou. Segundo Rocha, atualmente a TCL tem o smartphone com NFC mais barato do mercado, o TCL 30 SE, pertencente à primeira linha da companhia a ser produzida no Brasil.
“Tem várias versões dos smartphones no mundo todo. Nós, da operação brasileira, pedimos para ter NFC justamente para continuarmos fazendo essa comunicação e reforçando nosso diferencial no ponto de venda”, disse.