O mobile banking foi utilizado para a movimentação de 25 milhões de contas correntes no Brasil em 2014, o que corresponde a 24% da base total, informa pesquisa realizada pela Febraban com 20 bancos que representam 95% do mercado nacional. Para efeito de comparação, o Internet banking foi usado em 47% das contas correntes, ou 51 milhões.

Houve um crescimento significativo no volume de movimentações financeiras via mobile em 2014 quando comparado ao ano anterior. Transferências, DOCs, TEDs e pagamentos de contas apresentaram incremento de 180%, totalizando 260 milhões de transações. Outro destaque foi a contratação de crédito, que registrou um aumento de 190% e chegou a 10 milhões de transações.

Em internet banking o crescimento foi de 8% no número de transferências, DOCs e TEDs e de 11% no pagamento de contas. Juntos, esses serviços somam mais de 1,5 bilhão de transações. A contratação de crédito por esse meio também teve alta de 20% (representando um montante de 40 milhões).

Mesmo com as altas porcentagens de incremento, ainda há muito potencial a ser explorado, já que Internet e mobile somam 20% do volume de operações com movimentações financeiras. Apesar das estatísticas, a entidade não arrisca esses canais serão o principal meio usado pelos correntistas.

"A consolidação do uso dos canais digitais é resultado de um investimento muito grande da indústria para garantir um ambiente seguro e oferecer interfaces cada vez mais amigáveis, melhorando assim a experiência dos clientes; ao mesmo tempo em que reflete o momento atual vivido pelo Brasil, no qual a melhoria do acesso à Internet e a alta penetração dos smartphones, que deve chegar a 41% em sete anos, também possibilitam que os usuários tenham uma infraestrutura adequada para utilizar esses meios", explica Gustavo Fosse, diretor Setorial de Tecnologia Bancária da Febraban e gerente geral da área de TI do Banco do Brasil.

Mesmo com o aumento do uso de canais digitais o número de agências bancárias continua crescendo em todo o país, especialmente nas regiões Norte e Nordeste, que mantiveram um aumento acima de 5%, o dobro da média nacional.

As regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste apresentam níveis semelhantes de penetração por agência, cerca de 25 a 30 agências para cada 100 mil pessoas da População Economicamente Ativa (PEA). Apesar de não ter apresentado número, o diretor da Febraban diz que a quantidade de transações com cheques de um ano para outro continuam estáveis.

 

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