A Samsung inaugurou seu novo espaço de treinamento e inovação dentro da Universidade de São Paulo (USP), em um prédio da Politécnica da USP. A parceria entre a fabricante sul-coreana e a principal universidade do País pretende ampliar as ações do projeto Samsung Ocean na comunidade acadêmica do campus paulista, mas também aceitando desenvolvedores, programadores e empreendedores de outras instituições e empresas.

De acordo com o gerente de inovação da Samsung para a América Latina, Eduardo Conejo, além dos dois novos laboratórios para 80 pessoas e da sala de aula de treinamento para 35 pessoas com infraestrutura fornecida pela empresa, a grade deve ser ampliada para desenvolver produtos voltados à Internet das Coisas (IoT). Antes, o projeto dava mais espaço a outras áreas de desenvolvimento importantes para a companhia, como aplicações para Android, Tizen e Smart TVs. 

“Vamos manter o formato do Ocean, a mesma tônica e conteúdo em busca de evolução na tecnologia, como cursos intensivos e coach para formar start-ups. Além disso, vamos explorar novos conteúdo em IoT”, afirmou Conejo em entrevista a este noticiário.

Desenvolvendo em IoT

Questionado se a aplicação de IoT serviria apenas para a indústria, o gerente da Samsung disse que a automação pessoal já começa a fazer parte da vida das pessoas, como em carros conectados e casas com sistemas de segurança em vídeo, enquanto na indústria existe há 40 anos e apenas está ficando mais avançada.

“Quando olha para fora da indústria, IoT é algo muito novo. Antes poucas pessoas tinham acesso à automação para sua casa ou seu carro, com produtos cada vez mais baratos e modernos, isso está se tornando cada vez mais comum”, explicou Conejo. “A ideia é subir o nível. Entendemos hoje que criamos um ecossistema para devices Samsung. Agora vamos integrar aparelhos e desenvolver aplicações multiplataforma”.  

Ele explicou que embora a Samsung continue com interesse em investir em start-ups que desenvolvam aplicações e serviços para Android, Tizen e TVs por meio do Ocean, o foco passará a ser o apoio às empresas iniciantes que pretendem criar projetos para a Internet das Coisas, uma vertente que ele visualiza como “bastante promissora” para a fabricante.

Treinamentos e investimentos

Com a abertura do novo laboratório na Politécnica da USP, a Samsung encerrou as atividades do antigo espaço do Ocean localizado na região da Faria Lima. Quando perguntado se a mudança traria mais economia à empresa, o executivo explicou que de fato até aumentou, mas não quis falar em números.

Ao todo, o projeto brasileiro do Samsung Ocean (ele possui edições em outros países) deu treinamento para 25 mil pessoas através de palestras e visitas às universidades entre São Paulo e Manaus, outra sede do projeto que possui laboratório dentro da Universidade do Estado do Amazonas (UEA).

Para 2016, Conejo informou que deve manter parte dos treinamentos, inclusive o Developers Day, principal evento do Ocean que ocorrerá em junho deste ano em São Paulo. No entanto, as ações nas universidades devem diminuir para dar mais espaços às palestras, hackatons e treinamentos remotos.

 

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