Em sua oitava participação em cúpulas do G7, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva discursou sobre inteligência artificial, salientando sua importância no desenvolvimento de uma economia no Sul Global, mas que também seja uma ferramenta em prol da paz. Para isso, defende uma governança internacional e intergovernamental da IA de modo que todos os países tenham assento. Até mesmo o Papa Francisco discursou sobre a tecnologia ao abrir a reunião.

Lula disse ainda que é preocupante que a IA esteja concentrada nas mãos de um pequeno número de empresas, mas espera que os benefícios sejam compartilhados por todos.

“Interessa-nos uma IA segura, transparente e emancipadora. Que respeite os direitos humanos, proteja dados pessoais e promova a integridade da informação. Que potencialize as capacidades dos Estados de adotarem políticas públicas para o meio ambiente e que contribua para a transição energética”, disse o presidente brasileiro.

Em seu discurso, Lula ainda comentou sobre taxação internacional para os super-ricos, defendeu que a Rússia faça parte das negociações de um acordo de paz sobre a Guerra na Ucrânia, criticou o aumento do gasto mundial com armamentos em 2023 e reforçou sua posição em busca de soluções pacíficas para conflitos em curso no Oriente Médio.

Quando Lula falou de IA

Vale lembrar que o presidente vem inserindo a inteligência artificial em seus discursos nos últimos tempos. Aconteceu em março, quando desafiou cientistas brasileiros a criarem uma IA nacional durante reunião do Conselho Nacional de Ciência e Tecnologia; durante reunião com reitores de universidades na última segunda-feira, 10, também propondo o desenvolvimento de uma IA brasileira; e quando entregou as medalhas aos vencedores da Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (OBMEP).

E, no evento Esfera, na semana passada, Márcio Elias Rosa, secretário-executivo do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), afirmou que o presidente pretende chamar a atenção para a inteligência artificial em seu discurso na Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU) no próximo dia 19 de setembro.

 

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