Caio de Andrade

Caio Mario Paes de Andrade foi promovido da presidência do Serpro para chefiar a Secretaria Especial de Desburocratização, Gestão e Governo Digital. Para o seu lugar foi indicado o diretor jurídico da estatal, Gileno Gurjão Barreto. As indicações foram feitas pelo ministro da Economia, Paulo Guedes na última quinta-feira, 13.

Formado em comunicação social pela UNIP de São Paulo, o novo secretário de Desburocratização, Gestão e Governo Digital ainda possui pós-graduação em administração e gestão pela Harvard University e mestrado em administração de empresas pela Duke University. Com vasta experiência no mercado privado, Paes de Andrade foi gerente geral da PSINet, WebForce Networks e WebForce Investimentos, até assumir o Serpro em fevereiro de 2019.

Por sua vez, Barreto é formado em direito pelo UniCEUB com MBA em Finanças e na FGV. Sua carreira consiste de experiências dentro e fora do governo: foi chefe de gabinete na Câmara dos Deputados; gerente da área de impostos da PwC; conselheiro do Carf, sócio dos escritórios de advocacia Loeser e Portela Advogados e Barreto, Cunha e Rigo Advogados.

Entenda a movimentação

Paes de Andrade assume o posto deixado por Paulo Uebel na última terça-feira, 11. A saída de Uebel e do secretário de Desestatização, Salim Mattar, foi considerada pelo próprio Ministro Paulo Guedes mais uma etapa da debandada dos participantes de seu projeto liberal no governo. A cartilha econômica de Guedes visa privatizar órgãos públicos, reduzir custos da máquina pública (como cortes em auxílios à população), além de fazer as reformas administrativa e fiscal, de modo que não comprometa o teto de gastos.

Contudo, o projeto do ministro começa a perder espaço no governo do presidente Jair Bolsonaro. Conforme publicado pela Agência Brasil, Guedes disse que Uebel saiu pela parada nas conversas da reforma administrativa e Mattar pelo fato de o establishment não deixar fazer privatizações.

Além Uebel e Mattar, saíram do governo federal outros seis funcionários de alto comando:  Marcos Troyjo, secretário do Tesouro Nacional; Mansueto Almeida, secretário do Tesouro Nacional; Caio Megale, diretor de programas; Marcos Cintra, secretário da Receita Federal; Rubens Novaes, presidência do Banco do Brasil; e Joaquim Levy, presidente do BNDES.

Importante dizer que seis dos oito funcionários saíram nos últimos dois meses.

 

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