A prefeitura de Campina Grande/PB começou um teste de iluminação pública com antena 5G nesta sexta-feira, 14. A prova teve início com uma transmissão em 4K de uma banda de forró tradicional com câmera em 360 graus no YouTube.
Esta primeira iniciativa teve apoio da ABDI (Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial) e Anatel por meio do programa Conecta 5G, além de participação de oito empresas que proveram equipamentos e conectividade. São elas:
– Juganu e sua luminária pública conectada com 5G e Wi-Fi;
– Airspan com a small cell 5G no padrão OpenRAN;
– Padtec com a tecnologia de fibra ótica;
– Trópico como a integradora;
– V.Tal com a conectividade via fibra ótica que chega até a antena;
– Brisanet com a rede móvel 5G na frequência de 3,5 GHz;
– Motorola com smartphones 5G para o teste da rede móvel;
– Intelbras com CPEs FWA dedicado ao 5G;
– Qualcomm com chipsets no small cell, luminária, smartphones e CPEs.
A luminária foi instalada na sede da prefeitura de Campina Grande.
Expectativas
A secretária de tecnologia da cidade, Larissa Almeida, espera que a iniciativa atraia operadoras com suas redes 5G para a região e alavanque o desenvolvimento da economia digital, uma vez que o prazo para instalação pode variar entre 2023 e 2026, segundo cronograma da Anatel. De acordo com Joab Machado, secretário de obras de Campina Grande, a chegada da tecnologia à cidade pode trazer “novas possibilidades de negócios”, mas também “abertura para novos modelos de gestão pública”.
Almeida espera ainda fazer uma prova mais robusta em 2023, durante a festa de São João, que acontecerá no meio do ano.
Bruno Gemos, CEO da Juganu no Brasil, afirmou que a empresa está de “portas abertas” e em tratativas com a prefeitura local para expandir o projeto. Francisco Soares, vice-presidente de relações governamentais da Qualcomm no Brasil, lembrou que este é o primeiro teste de luminária pública com 5G no Nordeste e o quarto no Brasil. E Tiago Fairstein, gerente de negócios da ABDI, explicou que a iluminação pública é a forma mais democrática de expandir o 5G.
“A ideia da iluminação pública, que apresentamos para Qualcomm e Jugano, ilumina e é, ao mesmo tempo, um hub de serviços. Não existe nada mais democrático que iluminação pública. Existem postes nos bairros ricos e pobres. E, com o advento do 5G, que vai precisar de cinco a dez vezes mais antenas, nós podemos colocá-las nas luminárias públicas”, disse. “Conversamos com o NIST (órgão similar ao Inmetro) ainda este ano nos EUA. E o governo de lá está colocando US$ 30 bilhões em infraestrutura. Nós podemos usar a COSIP (imposto destinado exclusivamente para o custeio de serviços de iluminação pública) para instalar essas luminárias e colocar 5G”, exemplificou.