| Publicada originalmente no Teletime | O leilão do 700 MHz planejado para o ano que vem e a expansão dos serviços 5G no Nordeste e no Centro-Oeste são algumas das prioridades da Brisanet, indicou o CEO da empresa, José Roberto Nogueira, em entrevista ao canal do Teletime.

“A agência reguladora fez movimento de buscar leilão agora no início do ano [de 2025] e a expectativa é essa. Resolvemos ainda não fazer investimentos em 3,5 GHz e continuamos no modelo original [baseado em 2,3 GHz], mas caso a Brisanet venha a ser ganhadora do leilão no início do ano, a gente fará mudança de projeto nas próximas cidades”, revelou o CEO.

Mas o interesse no espectro de 700 MHz depende de alguns fatores, como o peso dos compromissos. “Em 2021 ele tinha relevância e um valor muito maior. Tem um número que a gente avaliou que [o espectro] vale, e até este número estaremos firmes na entrada no leilão”.

Segundo Nogueira, a faixa seria especialmente importante no Centro-Oeste, onde a empresa busca modelo para as novas redes 5G a partir da virada de 2025 para 2026. Além de parcerias com provedores locais, a empresa também vislumbra trabalhar com redes neutras.

Já no Nordeste, o último balanço da empresa apontava 8 milhões de pessoas cobertas com 5G em 157 cidades até agosto. Nas praças onde a Brisanet não oferece fibra óptica, a banda larga sem fio (FWA) via 5G tem sido introduzida como opção.

A operação puramente móvel, por sua vez, já soma mais de 200 mil clientes na medida em que a empresa vai refinando sua estratégia comercial de vendas. Um dos desafios na vertical é a homologação pelas fabricantes de aparelhos da rede da Brisanet, que ainda não alcançou 40% do parque de celulares.

Por outro lado, o preço dos dispositivos tem melhorado. Nogueira relata que os aparelhos 5G de entrada podem ser encontrados por R$ 850 a R$ 1 mil, mas avalia que a grande transição para a tecnologia ocorrerá quando o mercado chegar ao patamar de R$ 600 por modelos de quinta geração.

Em paralelo, o CEO da Brisanet também reforçou pedido de mais recursos para políticas públicas em áreas rurais – sobretudo diante da perspectiva de menores contribuições das grandes ao Fust. A empresa ainda cobrou a formalização de pequenos provedores no Nordeste – região onde a Brisanet estima que metade dos acessos de banda larga estejam fora do radar da Anatel.