A Black Friday deste ano mostrou um aumento da preferência do consumidor brasileiro por varejistas que atuam no online e possuam lojas de rua, ou seja, o comércio phygital. De acordo com a GfK, a categoria que mistura o online e o digital (click & mortar) já representa 27% do total do varejo nacional, ante 24% dos marketplaces puramente digitais, mas ainda bem atrás das lojas físicas, que têm a metade (49%) do segmento.
“O phygital continua crescendo. Os resultados das últimas semanas são mais favoráveis ao click & mortar, enquanto o ‘pure player’ digital e a loja de rua tiveram uma leve queda”, explicou Fernando Baialuna, diretor de indústria da Gfk.
“O online chegou a representar 60% na Black Friday deste ano, ante 54% em 2020. Na cabeça do consumidor, o comércio é phygital. A mensagem é trabalhar o phygital na jornada do consumidor, não necessariamente o multicanal”, completou, ao dizer que o consumidor procura o phygital para resolver seus problemas, como troca de produtos.
Balaiuna afirma que, ainda assim, as vendas do online não foram fortes o suficiente para compensar as quedas no negócio de rua. Um movimento diferente de 2020, quando o crescimento do online em 2020 compensou a queda do offline durante um dos momentos mais duros para o comércio na pandemia do novo coronavírus (Sars-Cov-2), o distanciamento social que impediu muitas vendas presenciais.
“O fato é que, no curto prazo, o comércio físico sofreu mais”, concluiu.