Oi; nova Oi

A operação reduzida da Oi, voltada para serviços de conectividade fixa, capitaneada pela V.tal, e a venda da operação móvel para Claro, TIM e Vivo devem terminar até o segundo trimestre de 2022 e criar finalmente a ‘nova Oi’, prevê Rodrigo Abreu, CEO da companhia. Durante live organizada pelo BTG nesta terça-feira, 13, o executivo detalhou como serão os próximos passos da operadora.

“Nós teremos o fechamento da (venda da Oi) móvel, onde imediatamente passa a existir uma transição de responsabilidade dos resultados da operação móvel para os três compradores”, disse Abreu. “Faremos a passagem de bastão e receberemos o caixa dessa operação (90%, no primeiro momento). E a partir (da venda) passa a operar por TSA, um modelo de serviço de suporte para transição, onde nós prestamos alguns serviços para eles, mas somos remunerados por isso. É uma operação dissociada da companhia, mas é praticamente neutra”, explica.

Em paralelo, o CEO prevê o começo operacional da V.tal, já assinado em acordo com o BTG, a partir de janeiro de 2022. Segundo Abreu, ela passa a produzir os resultados de imediato em “modelo de lockbox”, ou seja, o resultado passa para o controlador, seja caixa ou investimento.

Aprovações

Para chegar a esses objetivos, o CEO da Oi explicou que o cronograma de aprovações das duas operações que criarão a ‘nova Oi’ segue dentro do planejado e devem ser liberados pelos órgãos reguladores até o final do primeiro trimestre do próximo ano. Mais avançado está o processo da V.tal que foi aprovado pelo Cade, mas aguarda votação da Anatel para o começo de 2022.

A aprovação da venda do negócio móvel é uma situação diferente. Depende de aprovação do Cade e da Anatel. No órgão de competição, onde a disputa foi mais acirrada, Abreu lembra que tem prazo para terminar: 9 de fevereiro é a data limite para aprovação pelo Cade. “Demorou bastante devido à discussão com a superintendência, por conta da necessidade de entender questões técnicas, como relatórios de concentração de frequência e regionais. Para nós é um processo de venda único, mas para os três compradores é de segregação importante, até mesmo para cumprir os requisitos de manutenção de competição e de não aumento de concentração”, explica.

“A venda saiu da superintendência (do Cade) com relatório favorável, só com remédios comportamentais. Ou seja, a operação não muda. Agora, o relatório está no conselho. O conselheiro-relator precisa fazer uma leitura de mérito. Eles olham pela política macro, analisam se existe alguma outra recomendação”, diz. “No caso da Anatel, eles estão em estágio avançado, o relator já tem dados para dar o voto. Pode ser votado ainda em 2021 ou começo de 2022”, completa.

 

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