O Google testará no seu navegador, o Chrome, a funcionalidade de proteção de rastreamento (Tracking Protection, no original em inglês), a partir de 4 de janeiro. Essa funcionalidade vai limitar o rastreamento entre sites e restringirá o acesso de sites a cookies de terceiros (third-party data).
Inicialmente, a ferramenta será liberada para 1% dos usuários globais do browser. Esses consumidores serão escolhidos de forma randômica e receberão uma notificação que a tecnologia está liberada para uso em um alerta quando abrirem o Chrome no PC ou no app Android.
Para esses usuários, o Tracking Protection estará ativo por padrão, ou seja, a coleta de cookies só funcionará se o usuário optar por desativar a função. E se o usuário mantiver a solução ativa, navegar e um site não funcionar, o Chrome oferecerá uma opção temporária de ativar os cookies.
Entenda
A ação faz parte da iniciativa Privacy Sandbox que pretende terminar com a coleta de cookies até o final de 2024. Importante dizer que o que puxou o movimento foi uma diretriz do órgão regulador de competição do Reino Unido, a Competition and Markets Authority (CMA).
Vale lembrar que o Google adiou o fim dos cookies em julho de 2022. Inicialmente, o cronograma era para o término da coleta de cookies ocorrer ao final de 2023. Mas ampliou o prazo para o final de 2024 para que as empresas que dependem da coleta de dados (em especial, de publicidade digital) se adaptassem ao novo mundo.
Mesmo com o novo prazo, há receios no mercado de publicidade que o Google adiaria mais uma vez, mas a companhia declarou mais de uma vez com seus executivos e até com o seu CEO, Sundar Pichai, que não colocará uma nova data.
Após o desligamento dos cookies no Chrome, o Google avançará para o fim do rastreamento de third-party data no Android.
Imagem principal: Tela do Google Chrome com a notificação para o usuário (reprodução: Google/Privacy Sandbox)