O celular virou um item de necessidade básica, a ponto de as pessoas serem capazes de dizer que trocariam suas férias, seus amigos e até 20% do seu salário por um ano inteiro para não ficarem sem o serviço de telefonia móvel. A dependência é maior em países emergentes, especialmente na China e na Índia. É o que constatou uma pesquisa realizada pelo Boston Consulting Group (BCG) com 7,5 mil consumidores em seis países: Alemanha, Brasil, China, Coreia do Sul, EUA e Índia. O levantamento faz parte do estudo "A revolução móvel", publicado nesta quinta-feira, 15.

Os consumidores foram perguntados sobre o que seriam capazes de deixar de fazer por um ano inteiro em troca de não perder o serviço de telefonia celular. Na China e na Índia, em média, 69% abdicariam de jantar fora; 64%, das férias; 62%, de um dia de folga por semana; 59%, de ver seus amigos pessoalmente; 58%, de estar com seus bichos de estimação; 54%, da conexão de Internet em casa; 50%, de dirigir seus carros; e 48% abririam mão de 20% de seu salário. Nos demais mercados, os percentuais foram mais baixos, porém, ainda impressionantes: férias (60%), jantar fora (42%), um dia por semana de folga (45%), ver os amigos (37%), bichos de estimação (48%), conexão de Internet em casa (40%), dirigir o carro (29%), 20% do salário (24%).

Razões

Ao perguntar sobre a relação que os usuários de telefonia móvel têm com o serviço, a pesquisa indica algumas das razões para tanta dependência. Na China e na Índia, 81% dos usuários disseram que se sentem mais seguros quando estão com seus celulares; 74% consideram o celular a ferramenta mais poderosa da vida moderna; 71% dizem que o celular lhes ajuda a economizar tempo; para 69%, o telefone móvel é principal meio de acesso à Internet; 65% se sentem mais livres com o celular; e 61% conseguiram novas oportunidades de negócios graças ao celular.

 

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