O Departamento de Defesa dos Estados Unidos adicionou à lista de outros nove nomes de empresas consideradas “militares comunistas chinesas“, entre eles, o da fabricante Xiaomi.
Segundo os dados da Canalys, a Xiaomi estava na terceira posição entre as maiores fabricantes de smartphones do mundo no terceiro trimestre do ano passado, ficando à frente da Apple e atrás da Samsung e da Huawei. A chinesa enviou ao mercado naquele período 47,1 milhões de handsets.
A campanha contra as empresas chinesas se intensifica nos EUA. A Huawei, por ser fornecedora de equipamentos para redes, foi a primeira a sofrer uma série de ataques para ser impedida de negociar com empresas norte-americanas. Trump, inclusive, foi garoto-propaganda para que outros países não usassem os equipamentos da empresa em suas redes 5G. E, em novembro de 2020, o presidente Donald Trump assinou uma ordem executiva, que entraria em vigor em janeiro, para proibir investimentos em empresas designadas como apoiantes dos esforços dos aparelhos militares, de inteligência e de segurança da China. Huawei, a maior fabricante de chips da China SMIC e as três maiores operadoras de telecomunicações do país estão entre os alvos da lista.
A empresa
A Xiaomi escreveu um comunicado em seu site informando que a empresa está de acordo com a lei e operando conforme as leis e regulamentos relevantes das jurisdições onde conduz negócios.
“A empresa confirma que não pertence, é controlada ou afiliada aos militares chineses e não é uma empresa militar chinesa comunista, conforme definido pela NDAA (Lei de Autorização de Defesa Nacional). A empresa fará o curso apropriado para proteger os interesses da empresa e de suas partes interessadas”, afirma em seu pronunciamento.