A fabricante taiwanesa Asus deve trazer a próxima geração do Zenfone no segundo semestre de 2016, encabeçado pelo Zenfone 3. Antes disso, trará para o Brasil um handset premium, previsto para março. Segundo Marcel Campos, recém-promovido como head de marketing da Asus para América do Sul e Índia, o novo smartphone da companhia terá 128 GB de espaço, mas ele desconversa sobre ser o Zenfone Zoom – produto ainda não lançado no País.

“Se você olhar hoje, temos o Zenfone 2, Selfie, Laser, Go e Live, e lá em cima o Zenfone 2 Deluxe”, lista Campos, em entrevista ao MOBILE TIME. “Falta para a gente um nome para uma camada mais alta. Com esse lançamento, nós damos uma ‘selada’ no portfólio e atingimos todas as classes”.

Questionado sobre a possibilidade de trazer wearables para o Brasil, o executivo acredita que será um ano complicado para trazer devices que não têm espaço no mercado e nem possuem incentivo do governo, além de sofrer com o dólar a patamares de R$ 4.

“A gente pensou em um preço para o ZenWatch. Mas nunca chegou em um nível legal. No Brasil, um relógio de R$ 200 já é caro”, afirma o executivo. “Quando você tem aumento de impostos e aumento do dólar, o nosso smartwatch passa do preço de Moto G (R$ 899) e custa mais que um Zenfone Selfie (mais de R$ 1 mil)”.

Estratégias

Em sua nova função, Campos afirma que terá três estratégias diferentes de atuação: colocar a marca em um patamar premium na Índia, expandir o portfólio e marketing da Asus na América Latina – atualmente só Colômbia e Brasil vendem Zenfones – e manter o bom momento de vendas da empresa no Brasil.

O diretor de marketing da Asus disse que a Asus liberou “mais do que o dobro de investimentos” para 2016. “O único mercado que recua na América do Sul é o Brasil, falando de smartphones. Nós estamos nadando na contramão, estamos crescendo no País. A gente vê LG e Motorola recuando. Nós vamos crescer”.

Sobre a possibilidade de perder apoio em vendas com o fim da Lei do Bem, Campos compara o momento com o futebol, ao dizer que o fim da Lei do Bem é como “a chuva no começo da partida” que não afetou tanto o fabricante (como o dólar), mas atinge diretamente o varejista e o consumidor final. Ele acredita que varejistas e consumidores devem sentir o impacto da Lei do Bem e da alta taxa cambial no fim do primeiro semestre de 2016, com smartphones em especificações baixas como 1 GB de RAM e 8 GB de espaço.

Índia

Com a entrada de Marcel Campos, uma das funções dele para o mercado indiano será melhorar o relacionamento com o varejo online local, para abranger uma camada maior da população. “Eles não lançaram a loja online própria e trabalham direto com o varejo – ainda tem muito daquele mercado de ‘lojinha de rua’. Mas vamos aumentar nossa presença do online no país”, relata.

 

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