As ações da Xiaomi chegaram a subir mais de 10% nesta segunda-feira, 15, no início das negociações na bolsa depois que um juiz da corte do distrito de Columbia, dos Estados Unidos, bloqueou temporariamente uma ação do governo do ex-presidente Donald Trump que impedia os norte-americanos de investirem na fabricante chinesa de smartphones.
No apagar das luzes da administração Trump, em janeiro deste ano, o governo dos EUA colocou a Xiaomi na lista de empresas proibidas sob a acusação de ser mais uma empresa “militar comunista chinesa”. Assim, uma das maiores fabricantes de smartphones do mundo estava sujeita a uma ordem executiva de novembro de 2020 que restringia os investidores americanos de comprar ações ou títulos relacionados de qualquer empresa dada esta designação pelo Departamento de Defesa dos EUA.
A Xiaomi disse na época que “não era propriedade, controlada ou afiliada aos militares chineses” e, posteriormente, entrou com uma ação para anular a designação e impedir a proibição de investimentos.
Em uma decisão da sexta-feira (12), o juiz distrital dos EUA Rudolph Contreras concedeu à Xiaomi uma liminar contra a ordem da era Trump.
Em comunicado, a Xiaomi disse que estava “satisfeita” com a decisão e que “continuará a solicitar que o tribunal declare a designação ilegal e a remova permanentemente”.
“A Xiaomi reitera que é uma empresa amplamente controlada, de capital aberto e administrada de forma independente que oferece produtos eletrônicos de consumo exclusivamente para uso civil e comercial”, disse a empresa em um comunicado no último sábado (13).