Começa a ser planejada dentro da Oi uma reestruturação de seus sistemas de TI com foco na experiência de clientes e parceiros. Trata-se de um preparativo importante para o futuro da companhia, depois da venda de seus ativos de infraestrutura. Embora ainda não abra mais detalhes, é esperado que as mudanças abranjam sistemas como os de billing e CRM, por exemplo.

“As telcos são empresas de engenheiros. E a Oi vai se transformar em uma empresa cujo grande ativo serão seus clientes. Seremos customer centric. Por isso, vamos ter que simplificar nossas interfaces, que precisam ser simples e fáceis, para os clientes e para os parceiros”, explica Roberto Guenzburger, diretor de marketing do varejo e empresarial da Oi, em conversa com Mobile Time. “Não teremos mais rede, então precisaremos oferecer uma experiência diferenciada. É um projeto grande na companhia, que está sendo reestruturada para se transformar em uma empresa de clientes”, complementa o executivo.

Iniciativas recentes, como o marketplace Oi Place e a assistente virtual com inteligência artificial Joice devem ser mantidos na Oi, após a conclusão da venda da operação móvel e de outras unidades. 

A ideia será comercializar serviços em torno do acesso por fibra. Há conversas em andamento com parceiros em áreas como segurança e IoT residencial, por exemplo.

Mobile no futuro?

Enquanto isso, a operação móvel segue normalmente, até ser concluída a venda para as concorrentes Claro, Vivo e TIM, que vão repartir sua base de assinantes e suas licenças de uso de espectro. Um dos desafios será desmembrar os contratos de clientes com pacotes convergentes, mesclando linhas móveis, fixas e banda larga.

Questionado se a Oi voltaria ao mercado de mobilidade no futuro como uma operadora móvel virtual (MVNO na sigla em inglês), Guenzburger respondeu: “Não é algo que a gente esteja pensando neste momento, mas no longo prazo pode ser uma alternativa, desde que dentro desse modelo de plataforma de serviços”. 

Redes neutras

Guenzburger justifica a tendência do mercado de construção de redes neutras: “As operadoras perderam o bonde do conteúdo e os OTTs ficaram com um bom pedaço da rentabilidade do negócio. As teles ficaram com a rede, e esta precisa de investimento contínuo. Para isso se viabilizar, existe uma tendência global de aumento de escala e de adoção de redes neutras. É a melhor alternativa para a rentabilidade do negócio de conectividade”.

Tela Viva Móvel

Guenzburger participará de painel sobre o futuro das operadoras móveis durante a 20ª edição do Tela Viva Móvel, que acontecerá em formato online no dia 11 de maio. Para mais informações, acesse www.telavivamovel.com.br ou contacte a equipe do evento: [email protected] ou ligue para 11-3138-4619

 

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