Até setembro de 2022, 7% da América Latina usava a rede 5G. A penetração da rede na região ainda é baixa, mas Chile está entre os primeiros, com 6,9% e, no Brasil, o percentual estava, no terceiro trimestre de 2022, em 1,9%. A República Dominicana lidera, com 27,1%. Mas, até 2026, a expectativa é que o 5G seja adotado por 37% da população latino-americana, tendo mais de 800 milhões de assinaturas de rede de quinta geração móvel, ultrapassando, inclusive, o 4G, cuja previsão é estar entre 400 e 500 milhões de assinaturas no mesmo ano. Os dados foram apresentados pela Omdia no webinar Latam Telco Vision Forum, promovido pela NEC, nesta quarta-feira, 15, e que vai até quinta-feira.
Sonia Agnese, analista principal sênior para América Latina da Omdia, explicou que o consumo de vídeos na rede continuará bastante expressivo, com um aumento de 25% por ano.
Também no mesmo período, os vídeos “sociais”, ou seja, feitos pelos consumidores, serão responsáveis por 41% do tráfego. Já os vídeos das OTTs, por 10%. AVOD – vídeo sob demanda baseado em anúncios – (26%), completa esse tipo de tráfego na região. Vale notar que comunicações representarão 14%; jogos, 4%; música, 1%; e realidade virtual ainda não tem representatividade.
O Brasil, até 2026, terá 50% de assinaturas no 5G, enquanto o 4G representará 37%. Com o Chile não será muito diferente no 5G (49%), e os planos 4G chegarão a 48%.
Agnese lembrou que na América Latina e no Caribe existem 210 milhões de pessoas sem conexão à Internet, ou três em cada dez habitantes, e metade das famílias possuem Internet fixa em suas residências.
“Sabemos que a crise da Covid-19 talvez tenha adiado o 5G na América Latina, mas ele vai chegar, e as reguladoras e as empresas de telecom precisam estar preparadas para usar todo o o potencial da rede. A experiência no mundo demonstrou que as novas tecnologias habilitam novos modelos de negócio e abrem novas oportunidades, sendo que a maior parte delas ainda desconhecidas”, salientou.