O BS2 mantém hoje um time de tecnologia em Israel composto majoritariamente por judias ortodoxas. Elas respondem por 80% da equipe local de TI, que soma cerca de 30 integrantes. Para atrair essas profissionais, a empresa investiu na construção de uma cultura corporativa que respeita os preceitos dos judeus ortodoxos, explica o CTO da companhia, Shmuel Kalmus, em conversa com Mobile Time.

foto kalmus

Shmuel Kalmus, CTO do BS2: “No mundo ortodoxo, os homens focam nos estudos religiosos e as mulheres saem para trabalhar”

“No mundo ortodoxo, os homens focam nos estudos religiosos e as mulheres saem para trabalhar. Todo ano existe uma oferta enorme de talentos femininos que terminam seus estudos”, relata o executivo.

Entre as medidas adotadas pelo banco na construção de um ambiente “orthodoxy friendly”, como diz Kalmus, estão:

. Mulheres e homens ocupam espaços de trabalho separados no escritório;

. As trabalhadoras fazem reuniões diárias por 15 minutos sobre estudos religiosos;

. Há um Rabino compartilhando seus conhecimentos religiosos com todos do time

Além disso, é respeitado o Shabat: não há expediente entre o pôr do sol de sexta-feira e o pôr do sol de sábado.

O braço de tecnologia do BS2 em Israel é oriundo da startup  israelense de análise de crédito Weel, que foi adquirida pelo banco brasileiro.

Prioridades em tecnologia

Neste ano de 2023, a reformulação do data lake e a abertura de novas APIs para “embedded finance” estão entre as prioridades do BS2 em tecnologia, revela o CTO.

O data lake do banco era on premise e agora está migrando para a nuvem. O propósito é unificar os dados e padronizar a experiência de busca e análise das informações, facilitando o cross-sale.

“Fazemos um trabalho significativo de reorganização do data lake para ter dados estruturados e unificados entre todos os departamentos para ter uma visão única e contextos únicos de informações para serem consumidas”, descreve.

Na área de “bank as a service” (BaaS), o BS2 registrou bons resultados com uma oferta batizada como “digital cash management”, que consiste em um sistema para que terceiros gerenciem pagamentos digitais, especialmente Pix. Em 2022, o volume transacionado pelos clientes dessa solução cresceu 162%, atingindo R$ 105 bilhões. Com isso, o BS2 respondeu em dezembro por 9,2% de todos os Pix P2B no Brasil – pagamentos instantâneos enviados de pessoas para empresas. Dentro desse contexto de “embedded finance”, o BS2 criou uma diretoria dedicada ao tema e prepara o desenvolvimento de novas APIs, agora de crédito, câmbio e seguros.

 

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