A entrada dos meios de pagamentos móveis na vida consumidor é algo que faz parte da realidade das pessoas, como afirmou CEO da PagPop, Marcio Campos. O executivo da companhia de pagamentos por apps aponta a entrada dos smartphones como principal propulsor desse serviço. "Não existe negócio sem pagamento. E a entrada do celular é muito importante para isso. O m-payment é algo que chegou e não há volta atrás", disse Campos, que participou da feira Cards & Payments nesta quarta-feira, 15, em São Paulo.

Outro executivo do setor de pagamentos mobile, Victor Lima, sócio da Concrete Solutions, acredita que iniciativas como pagamentos em aplicativos de táxi e de carros compartilhados são bons exemplos de como a mobilidade já influencia as pessoas. Lima acredita que as tecnologias móveis ainda dão oportunidades para empresas menores terem chance de conseguirem mais espaço nos negócios, ante as grandes.

Como exemplo de pequenos que ganham espaço entre os meios de pagamentos, Campos cita sua própria empresa que antes disputava um mercado com grandes rivais no começo, mas viu crescimento com a pulverização do mercado.

"As tecnologias móveis são realmente uma oportunidade para que mentes inovadoras possam penetrar em mercados não explorados. Nós entramos em um mercado que a Cielo e a Rede são tão grandes que não conseguem chegar", completou o CEO.

'Mato alto' do m-commerce

Se por um lado os pagamentos móveis já começam a fazer parte da realidade do consumidor, por meio de aplicativos e smartphones, os especialistas afirmam que ainda há um longo caminho para as companhias entrarem no m- commerce, em especial aquelas que não nasceram no mundo digital. "Não está no DNA de toda empresa se tornar digital. Se a empresa não tem a capacidade de fazer isso, ela será engolida pelos rivais", alertou Campos.

Gustavo Ribeiro, superintendente de produtos da Rede, frisou que o cenário para as empresas brasileiros ainda é um "mato alto", com muitas delas começando a conhecer as tecnologias móveis e seus conceitos, como o omni-channel. Para ele, os clientes entendem que a unificação de canais é importante, como controle de estoque e retirada no balcão. Mas, do lado das companhias, Ribeiro entende que poucas firmas brasileiras estão preparadas para tal.