Para entender o potencial impacto da chegada dos pagamentos no WhatsApp no Brasil vale a pena verificar os dados da mais recente pesquisa Panorama Mobile Time/Opinion Box sobre mensageria no Brasil, publicada em fevereiro. O WhatsApp é praticamente hegemônico no Brasil, instalado em 99% dos smartphones do País. E 98% dos seus usuários utilizam o app todo dia ou quase todo dia. É também o aplicativo mais presente na home screen do smartphone brasileiro: está na tela inicial de 57% dos aparelhos nacionais. Ou seja, é o aplicativo mais bem posicionado hoje no Brasil para a oferta de uma ferramenta de pagamentos, mais do que qualquer banco, fintech ou outro app de comunicação.
Na mesma pesquisa, foi perguntado aos usuários do mensageiro se eles “gostariam de poder realizar pagamentos e transferências de dinheiro através do WhatsApp”. 61% responderam que sim. A proporção é maior entre os homens (67%) do que entre as mulheres (56%). Na comparação por faixa etária, o pagamento por WhatsApp desperta mais interesse no grupo entre 16 e 29 anos (64%), do que naqueles de 30 a 49 anos (60%) e com 50 anos ou mais de idade (56%). Não há diferença na análise por classe social: A e B (61%), C, D e E (61%).
Dentre os que gostariam de pagar com WhatsApp, 47% prefeririam ter uma conta de pagamentos nova, vinculada ao aplicativo – o que agora se sabe que não é a estratégia da empresa. Outros 30% preferem associar o WhatsApp à sua conta bancária atual e 23%, a um cartão de crédito.