Uma forma de classificar o quão dependente uma pessoa é do seu smartphone é medir quantas vezes ela abre aplicativos ao longo do dia. A Flurry, empresa que analisa o uso de aplicativos em 1,855 bilhão de smartphones no mundo inteiro, divide as pessoas em três grupos: usuários comuns, que abrem apps de 1 a 15 vezes por dia; super-usuários, que abrem entre 16 e 59 vezes por dia; e "viciados", que abrem apps 60 vezes ou mais por dia. Levantamento feito pela companhia em sua base no segundo trimestre deste ano constatou que 15% das pessoas se encaixam no grupo de "viciados". O mesmo estudo, um ano atrás, apontara uma proporção de 13%. O percentual de "super-usuários", por sua vez, manteve-se praticamente estável, passando de 31% para 32% em um ano. A grande maioria (53%) são usuários comuns, mas essa base está diminuindo – um ano atrás eram 56%.
A Flurry constatou que os viciados em smartphone usam apps de todas as categorias com maior frequência que os demais grupos. Porém, duas categorias em particular se destacam: mensageria & redes sociais e utilitários & produtividade. Os chamados "viciados" abrem 6,56 mais vezes por dia apps de mensageria e redes sociais do que o usuário médio. No caso de apps de utilitários e redes sociais, estes são abertos pelos por dia 5,27 mais vezes que entre usuários médios.
Em números absolutos, há 280 milhões de "viciados" em smartphone monitorados na base da Flurry. Se fosse um país, esse grupo seria o quarto com a maior população do mundo, atrás apenas de China, Índia e Estados Unidos, mas na frente de Indonésia e Brasil.