|Publicado originalmente no Teletime| A Ericsson e a John Deere, empresa de produtos e serviços para o setor agrícola (e que já tem parceria com a Claro), firmaram um acordo de colaboração para pesquisa e desenvolvimento de novas aplicações usando a tecnologia 5G para impulsionar novas receitas no Agronegócio.
O acordo permitirá que as empresas desenvolvam, em conjunto, soluções focadas na quinta geração de conectividade móvel e na Internet das Coisas, que ajudem a identificar e a solucionar problemas para o agronegócio, contribuindo para torná-lo cada vez mais conectado.
Para isso, os centros de P&D&I (Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação) de ambas as empresas serão utilizados como espaços de inovação onde serão aplicadas tecnologias voltadas para o agronegócio que compõem o ecossistema de IoT Mobile (IoT-M), como Narrow Band IoT (NB-loT) e Cat-M1. Segundo as empresas, tudo isso será desenvolvido em plataformas de desenvolvimento e infraestrutura de conectividade baseadas no padrão 3GPP.
Provas de conceito
Neste primeiro momento, as provas de conceitos serão desenvolvidas conjuntamente no Escritório Central da John Deere para América Latina, em Indaiatuba (SP), e no Centro de Agricultura e Precisão e Inovação (CAPI) da John Deere, localizado em Campinas, onde serão instalados equipamentos 5G. O acordo também consiste em munir as fábricas da John Deere com equipamentos de quinta geração para contribuir na jornada de transformação digital e imersão na Agricultura 5.0.
O 5G trará maior eficiência de uso de espectro e menor consumo de energia relativamente às tecnologias ligadas no agro, como 3G e 4G LTE. De acordo com o estudo Ericsson 5G Business Potential, esse setor tem o potencial acumulado de capturar R$ 49 bilhões até 2030, sendo R$ 10 bilhões em receitas adicionais impulsionadas pelo 5G.
“O desenvolvimento do ecossistema do agronegócio por inteiro a partir do 5G pode tornar o Brasil muito mais produtivo do que já é. A demanda global por insumos vegetais, alimentos e proteína irá dobrar até 2050 e o Brasil é o único país com área suficiente e condições favoráveis para aumentar em escala a oferta de alimento, além do enorme espaço para ganho de produtividade em diferentes etapas da cadeia, tornando-se assim o maior exportador de produtos agrícolas da nova década. Certamente, a tecnologia 5G terá um papel fundamental neste novo ciclo de inovação”, disse Murilo Barbosa, Vice-Presidente de Negócios da Ericsson para o Cone Sul da América Latina.
Segundo Barbosa, a intenção é “unir nosso conhecimento e experiências para trazer inovações que permitam a redução de custos e o aumento da eficiência, contribuindo para alavancar ainda mais a competitividade do setor e, consequentemente, ajudar o país em sua retomada econômica”.
Com investimentos em torno de U$ 4 milhões por dia em pesquisa e desenvolvimento a John Deere se prepara para a sincronia da gestão dos equipamentos do campo, com dados em nuvens e “conexão total” inseridos no ecossistema da empresa. “Estamos democratizando o uso da conectividade em áreas rurais, e com soluções sem custos ao agricultor, que daqui pra frente vai produzir de maneira cada vez mais eficiente e ambientalmente sustentável. A conectividade desbloqueia todo o potencial e a inovação disponível no campo, beneficiando também outros setores da sociedade, desde telemedicina e educação a distância, por exemplo. Sem contar que a tecnologia ainda atrai cada vez mais jovens de volta para o campo, promovendo geração de emprego e empreendedorismo”, analisa Rodrigo Bonato, diretor do Grupo de Soluções Inteligentes (ISG) da John Deere para América Latina.