Cubo Itaú novo prédio divulgação 3

As startups residentes do Cubo Itaú obtiveram um faturamento de mais de R$ 230 milhões entre janeiro e julho de 2018, sendo que a receita delas foi de R$ 110 milhões no ano todo de 2017. As informações foram apresentadas nesta quarta-feira, 15, durante o lançamento do novo espaço criado pelo Itaú com a Redpoint Ventures, na Zona Oeste de São Paulo, para abrigar a inicitativa. “A vocação que o Cubo tem é de criar conexão entre grandes empresas e startups, empreendedor com empreendedor e investidor”, disse Flávio Pripas, diretor do Cubo.

Outros dados apresentados revelam que mais de 720 negócios foram gerados entre as startups e grandes empresas, enquanto que, em 2017, foram mais de 370 contratos. Em investimentos, as novas entrantes que estão no Cubo igualaram a quantia recebida nos seis primeiros meses de 2018 com o ano passado, R$ 50 milhões. Além disso, os postos de trabalhos criados por essas startups foram de 3,1 mil vagas em três anos, sendo 250 delas em 2017 e 500 nos seis primeiros meses de 2018.

“Tínhamos uma lacuna no mercado de fomentar o empreendedorismo. Nós criamos esse centro de gravidade. Ele faz a conexão entre as grandes corporações e as startups”, disse Lineu Andrade, diretor de tecnologia do Itaú. “Nós, de fato, não tínhamos respostas quando criamos o Cubo três anos atrás, só perguntas. Algumas delas foram respondidas nesses três anos”.

 

Cubo Itaú novo prédio divulgação 2

Novo Cubo

O novo prédio tem capacidade para 1.250 pessoas com aproximadamente 2 mil pessoas circulando por dia. Em sua inauguração, 65 startups estavam abarcadas no espaço de inovação, mas sua capacidade é de 250 novas empresas com cada vaga a R$ 1.050.

“A ideia é fomentar o ecossistema onde todos possam se reunir, aprender e fazer negócios. A gente quer ter os melhores profissionais, startups e empresas que querem apoiar o empreendedorismo. Nós não queremos investir”, disse Ricardo Guerra, CIO do Itaú. “O grande valor do Cubo está na escala. A partir do momento que você coloca mais gente, aumenta o potencial de inovação”.

O local, que possui 12 andares (com cinco pisos duplos) e 20 mil metros quadrados, tem a administração da parte de coworking sob comando da We Work. Coincidência ou não, a empresa de espaço colaborativo também administra o espaço de inovação InovaBra, do Bradesco, rival do Itaú.

Outra estimativa do local é aumentar a quantidade de eventos, de uma média de quatro para seis por dia. Até julho de 2018, mais de 600 eventos foram realizados no Cubo antigo; em 2017, foram 700. Assim como informado por esta publicação, o Cubo antigo abrigará uma startup que tem investimento da Redpoint, cujo nome ainda não foi revelado.

 

Cubo Itaú novo prédio divulgação 1

Novas trilhas

Desenvolvido ao longo dos últimos 18 meses, o novo Cubo ganhou trilhas para quatro verticais que terão patrocínio e mentoria de quatro parceiros: saúde com a Dasa; educação com a Kroton; varejo com BrMalls; e indústria, que ainda não tem um nome definido. De acordo com Pripas, do Cubo, a ideia de incluir essas verticais é para segmentar o mercado e trazer startups que tenham “solução real, para um problema real e produtos que podem criar escala”.

Por sua vez, Guerra, do Itaú explica que essa ação servirá como uma “nova ferramenta para verticais, que pode ajudar nos negócios”. Em sua visão, à medida que as conversas foram se desenvolvendo com os 18 apoiadores do espaço de inovação, a equipe do Cubo enxergou uma oportunidade de fomentar o uso em indústrias especificas.

Quando questionado sobre investimentos, o CIO do banco não pôde falar em valores. No entanto, frisou que o Itaú teve ganhos de cultura, desenvolvimento e relacionamentos com o espaço criado em 2015: “O Cubo agregou ao Itaú. Trouxe mudança cultural com um modelo de gestão centrado no cliente. Um modelo digital que as pessoas buscam resolver problemas do cliente com uma experiência melhor. Isso não era empregado no banco, e na maioria das empresas, uma década atrás, mas que nasce com empresas da era digital. O segundo pilar vem dos negócios. Se a gente olhar o valuation, nós tivemos resultados com network e conexões com o Cubo. E o terceiro pilar: a gente começa a operar negócios do banco inseridos no Cubo. Conseguimos ter equipes do Itaú, utilizando as startups daqui, se beneficiando do ecossistema. Mais de 4 mil pessoas do banco passaram pelo Cubo (antigo) no ano passado”.

 

 

*********************************

Receba gratuitamente a newsletter do Mobile Time e fique bem informado sobre tecnologia móvel e negócios. Cadastre-se aqui!