Durante a apresentação de resultados financeiros do segundo trimestre deste ano, o CFO da Brisanet, Romário Fernandes, explicou que o aumento das dívidas da empresa já era esperado, diante da aceleração no plano de investimentos da operadora, especialmente em redes 5G. “O nosso plano de negócios tem o objetivo de proporcionar crescimento orgânico e não implica em receitas imediatas. A tendência é que esse endividamento continue ao longo dos próximos trimestres”, explicou.

Embora seja um cenário desafiador, o CEO, José Roberto Nogueira, está otimista. Segundo ele, a rede de banda larga fixa já está bem estruturada e, com as torres devidamente instaladas, a rede 5G deve seguir o mesmo caminho. Outro ponto salientado por ele é que ainda haverá a expansão dos canais de venda. Além disso, leva tempo para que o público veja a marca Brisanet como uma operadora de telefonia móvel, pois ela se consolidou como uma empresa de banda larga fixa.

“Não tenho dúvida quanto ao nosso negócio. É uma questão de tempo. O mercado precisa olhar para a Brisanet como uma empresa de futuro e não de imediato, pois ainda estamos em construção”, disse Nogueira. Segundo ele, neste momento, a operadora já arca com as despesas de energia e aluguel das torres e passa a dar o próximo passo, que é o de iniciar sua estratégia de comercialização.

Brisanet aposta em neutralização dos investimentos com 5G

A partir de setembro, a cada torre instalada, o processo de comercialização na região em que ela se encontra será iniciado. “Já estaremos mais assertivos. Através das vendas, o custo com pessoal e a própria torre já será pago. Portanto, daqui em diante, o investimento em 5G começará a ser neutralizado”, acrescentou o CEO.

Em breve, a empresa ainda deve lançar o combo de banda larga fixa combinada com plano móvel. “É uma forma de abordar as pessoas que não têm a cultura de investir no móvel, mas já pagam o acesso à banda larga todo mês”, afirmou Nogueira.

Ilustração de Nik Neves para o Mobile Time